
E é aqui, na memória,
que reconstituo os passos que me levaram ao centro de ti,
passando os ventos e os barcos,
mergulhando em pássaros e luas,
ouvindo a tua voz que não cessa.
Como um sopro, subindo por mim,
passando os ventos e os barcos,
mergulhando em pássaros e luas,
ouvindo a tua voz que não cessa.
Como um sopro, subindo por mim,
maré e monte, deserto e fonte, até ao cume da alma...
Lá...
Onde digo o teu nome,
num baptismo de espumas ébrias,
por entre o tumulto das saudades...
As que não se diluem em esferas, tempos, idades, esperas.
E sigo...
Dominando o leme que empurra este rumo de acaso.
Como se o destino não estivesse escrito na determinação dos teus lábios...
que se calam, negando-me a palavra...
como barcos que o horizonte rejeita...
E é na memória do teu ausente abraço, que o meu ser mulher se deita...
(...)
Nina, num momento...
(Texto roubado ao passado)
5 comentários:
Textos tão brilhantes...não percebo o...« Textos para ler e deitar fora »;
Pode perguntar-se?
FERREIRA:
Não são textos brilhantes, caro amigo! Longe, muito longe, de tal adjectivo!
...
Foi um exercício de catarse... colocar estes 4 textos em consonância.... há um elo entre eles...
E refiro o apagá-los... porque é preciso 'deixar ir'as palavras...
Sorriso.
NI*
Penso concordar com ...'deixar ir'as palavras...
Sorriso enorme.
São de ler sim, mas não são de deitar fora ... a menos que nos digas onde, para ir recolhê-los.
Deixar ir as palavras fará parte da ilusão... Quer a palavra ou qualquer pensamento terá um lugar determinado no puzzle universal, algures dentro ou fora da roda cósmica...
O teu barco continua imenso na imensidão das águas que nos guiam. É na memória dum gesto que esse gesto festeja nos céus.
Enviar um comentário