quarta-feira, abril 30, 2008

ÉS O POEMA. E ESTÁS EM MIM...



Em mim, moras tu. Moras na sede da minha pele, e nela te sacias, repousas e renasces. E em cada segundo... a cumplicidade do olhar, onde nos deitamos, num prazer absoluto. Sem vergonhas nem vertigens. Em mim, moras tu. Segredam-me ventos os teus segredos. Agita-se a tua alma nos meus poros. Desassossega-me o teu corpo, que me sabe as margens transbordantes, as fases crescentes e as marés vivas. Olho a página em branco e não escrevo. Hoje não te escrevo uma carta, amor. És o poema. E estás em mim.


E o resto, o resto não importa.

E sorrio...



Ni*, in Cartas a um Amor Futuro,2008