quinta-feira, dezembro 24, 2009

UMA ÁRVORE NO CORAÇÃO...




ÁRVORE DE NATAL
*

Gostaria de, neste Natal,
decorar uma árvore dentro do meu coração.
E nela pendurar, em vez de presentes
o nome de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e os de perto.
Os antigos e os recentes.
Os que vejo todos os dias e os que
raramente encontro.
Os sempre lembrados.
Os que, às vezes, ficam esquecidos,
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os da horas alegres.
Os que sem querer magoei,
ou sem querer me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente.
Aqueles de quem conheço
apenas as aparências.
Os que pouco me devem.
E aqueles a quem muito devo.
Os meus amigos jovens e
os meus amigos idosos.
Os meus amigos adultos.
E as crianças, as minhas amizades-alegria.
Os amigos humildes e os meus amigos com sucesso.
O nome de todos os que já
passaram pela minha vida.
Os que me estimam, sem eu o saber.
E os que eu amo e estimo, sem ter que o dizer.
Gostaria de, neste Natal,
decorar uma árvore de raízes muito profundas.
De aroma muito agradável.
Com LUZ inextinguível.
Para que a nossa amizade
seja um momento
De alegria-harmonia
Hoje, agora, no dia-a-dia.
*
(Texto baseado num texto que li há muito tempo e de que guardo fragmentos no coração)
*


Aos amigos que posso abraçar pessoalmente e aos que não posso, mas abraço com o coração, desejo que todas as alegrias se renovem e que todas as tristezas se desfaçam.

Assim já é!

*
FELIZ NATAL!!

segunda-feira, dezembro 07, 2009

sábado, dezembro 05, 2009

«...NOS OMBROS QUE ANSEIAM POR UMA CARÍCIA...»


(Há um ano escrevi assim...
Hoje reli e partilho, de novo... um sentir tão meu, sem data... e uma canção, das tais que me espelham a alma... das que eu canto e me fortalecem o sorriso... )

Há noites assim, em que o tempo pára à nossa frente... e nos interroga se continuamos a corrida ou nos visitamos no passado. E nem o olhamos, a ele, ao tempo, ilusionista sedutor, nas suas permanentes e incandescentes tentativas de tornar o todo num nada. Porque tudo muda, tudo é fluido e frágil... sim, eu sei, e se eu quiser revisitar-me? Se quiser refugiar-me num daqueles dias em que a felicidade escapou aos olhos alheios e perecíveis? Se decidir voltar até mim, ao momento em que me despedi das flores dos dias que tomavam forma num rosto e num nome? E se decretar que a partir de hoje vou espalhando pelo caminho as esperanças de um beijo esquecido nos patamares cá dentro, a que costumam chamar alma? E se declarar que abrirei os braços a rios ébrios de afectos... até nunca me querer saciar? E se te desafiar, tempo, a descobrires todas as vontades depositadas pelos meus olhos em cofres e baús de anjos-poetas?
...

As almas comandam os dias, mas ainda mais as noites. Não tu, tempo. As almas!!! Quando o rasgar da saudade se sente a cada instante nos ombros que anseiam por uma carícia...

Ni*

terça-feira, dezembro 01, 2009

DEZEMBRO(S)



«Os Dezembros possuem um aroma almiscarado de saudade com esperança.

Dezembro é sempre mágico, é o encontro ímpar de passado e futuro, é a hora da reflexão e dos desejos, de enxugar as lágrimas face ao não retorno, do sorriso de expectativa.

Dezembro é Natal, é beleza, é o momento da redenção, da Fé, do Perdão, de lembrar os esquecidos, de ver além do próprio umbigo.

Dezembro é excepção, mas deveria ser rotina, é exemplo e deveria ser seguido.

Dezembro é festa. É promessa de mudança, é chama acesa!

Dezembro é o prelúdio do futuro, é a chave do recomeço, é a estação final do passado, a conexão com o futuro, o momento de arquivar o que passou.


Dezembro é extremo, é decisivo, é palco de todas as recordações.

Dezembro é quando eu me lembro mais da minha impermanência e de que sou só um grão de areia, oscilando ao sabor das dunas intermitentes dos dias, que nunca se cansam de se modificarem.»


Texto Adaptado
Ni*

quinta-feira, novembro 26, 2009

E SE UM DIA...




E se um dia me encontrares
e eu estiver envolta num véu,
não hesites...
não temas...
não fujas...

...desnuda-me,

e em silêncio
respira o meu olhar,
explora o meu corpo,
desvenda a minha alma,
fica em mim,

ainda que dure apenas o tempo de uma vaga em queda.


Ni*

sábado, novembro 21, 2009

A CAIXINHA DA CONFIANÇA CEGA...

(Post antigo recuperado...)



É perturbador encontrar um amigo íntimo que nos desleixou a amizade. Porque a velha química de novo se põe em marcha e a conversa flui. Como se não passasse do capítulo seguinte num livro feito de muitas noites, bastantes copos, alguns amores e dois homens a céu aberto. Mas não é verdade. O coração abre-se; como ele o caixote das recordações e a caixa dos afectos. Mas a caixinha da confiança cega, no interior de tudo o resto, permanece intransigente. A chave apodreceu, de tanto esperar...


É muito bom o reencontro! Mas se voltarmos a viajar juntos cada um dormirá no seu quarto. E encontrar-nos-emos de manhã, na sala do pequeno-almoço, como os excursionistas japoneses, delicados e munidos das suas máquinas fotográficas. Porque a amizade, quando mostra as garras, furiosa por ter sido desperdiçada, pode revelar-se bem mais severa do que o amor.


(Júlio Machado Vaz)



_______________*________________


JMV é das pessoas que mais gosto. (ponto-final-parágrafo... porque esta é uma afirmação para uma só linha... da vida!)

...


Às vezes, com esta simplicidade desmedida, toca-nos as emoções orvalhadas, que raramente verbalizamos.


Mas por vezes, Júlio, por vezes... a caixinha da confiança cega implora que a abramos... e, nas nossas mãos vazias, refaz-se a chave...


Por vezes, Júlio, por vezes... a saudade agarra-se à pele como uma medusa. Quando pensamos que já não está lá, o ardor escarlate leva-nos à sua presença. E nós, súbditos da memória, insistimos em não aceitar o que já está escolhido. Ninguém esquece só porque lhe apetece, ou porque deveria ser assim.

Há chaves que nunca apodrecem, nunca se perdem.

São essas que nos seguram à vida. Com um sorriso, como quando se chega a um cruzamento de delícias... onde todos os caminhos vão dar ao abraço do reencontro incondicional.
A Amizade, Júlio, a amizade tem asas especiais, capazes de voar para trás.


Ni*

segunda-feira, novembro 16, 2009

ESTÁ ASSIM, A MINHA CIDADE...

Uma cidade belíssima, feminina, de colinas suaves e encantos secretos no abraço molhado... por esta chuva de Novembro: Lisboa.
*
Beijos
*
Ni*
*

Arte: LEONID FREMOV (Vale a pena conhecer a obra!)

sábado, novembro 14, 2009

ESSÊNCIA DE ASA...


«Fernão Capelo Descobriu que o tédio, o medo e a ira são as razões pelas quais a vida é tão breve. E quando conseguiu fazê-las desaparecer da sua mente, teve a certeza de uma vida longa e boa.»

Richard Bach, in Fernão Capelo Gaivota

quinta-feira, outubro 29, 2009

PAUSA NO CAMINHO...



Alguns amigos contactaram-me por causa do acesso ao blogue.

Um pouco magoados, zangados, pois pensavam que eu os teria excluído do acesso a este cantinho.

Na verdade eu não condicionei o acesso ao blogue... o meu estado actual de saúde é que me levou a crer que, não tendo alegria para partilhar, seria melhor retirá-lo... sem o apagar (os meus filhos não deixam!).

A situação gerou alguns mal entendidos, porque a mensagem que aparece é que o blogue só estaria acessível a leitores convidados, o que eu considero algo muito feio... e, no meu caso, não corresponde à verdade, uma vez que não convidei ninguém...

Sendo assim, reponho o blogue no ar, e prometo voltar quando superar o problema de saúde que estou a enfrentar presentemente.

Um abraço com carinho para todos os amigos verdadeiros que este blogue me trouxe...

Ni*






segunda-feira, outubro 19, 2009

A DIFÍCIL ARTE DO PERDÃO...


«Não penses mal dos que procedem mal, pensa somente que estão enganados.»
*
(Sócrates, o filósofo!
470 ou 469 a.C.)
*
Difícil, não é?
Abraço de vento, da ilha da Esperança!
OBRIGADA, ALCINA!!!!
Há Amizades que revolucionam uma vida!
A nossa... está a fazer de mim alguém melhor...
(Estou a tentar...)
Ni*

quinta-feira, outubro 15, 2009

AMO-TE, VIDA!




«Se depois de eu morrer quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.»
Fernando Pessoa
*
(Ni*, a preparar umas aulas sobre a Pessoa Fernando...
Céus, como este ser me espreita por dentro!)

quarta-feira, outubro 07, 2009

PARA VOCÊS, MEUS AMIGOS...



Obrigada pelas palavras, pelos sons e imagens que partilham comigo... pelas soluções que procuram para que recupere qualidade de vida, pelas mãos que me estendem e que suavizam este momento tão fora do meu percurso habitual de alegria.

Por tanto que me têm dado... permitam que vos ofereça uma canção que considero mágica... além do meu abraço de embalo de vento...com velas prontas a seguir rumo à alegria.


Este é apenas um mau momento que vai passar. Essa é a vossa certeza e é também a minha.


Obrigada.


Obrigada a cada um(a) em especial.
Ni*



sábado, outubro 03, 2009

(Breves) Notícias...

Após 2 cirurgias à coluna... tendo a primeira falhado no seu propósito (bloquear o ramo médio de L3 a S1... para tentar impedir este cerebrozinho de receber informação de dor), a segunda... bom, a segunda parece que também falhou... segundo palavras do médico, pois algo com o nome de 'epidural transforaminal esquerda de L3' já deveria estar a ter efeitos positivos. E as dores.... aumentaram.
Sei, apenas, que desde 4ª feira estou medicada com morfina (!!!! não me agradou esta opção!!! ) e... neste momento estou muito, mas muito zangada com a vida... com a medicina... e com as fracas hipóteses que me oferece para escolha: Dor ou Dor?
Desculpem.
Não consigo escrever mais.... ficam aqui apenas as breves notícias para quem me merece algum carinho e me acompanhou durante anos neste blogue, por email, telefone, na vida real.... com amizade verdadeira e solidária.
Para essas pessoas, com toda a força da minha essência, desejo muita PAZ e BEM!
Ni*....

domingo, setembro 20, 2009

LUZ...




(Fotos tiradas por mim, em Julho...)

Luz, força... porque preciso muito dela para amanhã.


Agradeço a todos/as os/as amigos/as que têm sido a minha única asa... nestes últimos meses, uma vez que as minhas estão feridas e (quase) desaprenderam de voar.

Em minha casa, no local onde lecciono... por telefone, email, sms... por pensamento... obrigada pela vossa presença!

Ainda aguardo um telefonema do médico para confirmar amanhã uma intervenção cirúrgica (pouco invasiva, mas com algum risco) à coluna, para saber em que hospital a farei... horas...

Mas... a ansiedade... o medo misturado com a esperança (que cocktail explosivo!) de dar mais um passo para me livrar destas dores, companheiras traidoras de caminhada, está a apoderar-se de mim.

Abraço de vento... dos embalados pela música e cor do mar...


Ni* (eu volto...)



domingo, setembro 13, 2009

PESSOA E BETHÂNIA...





Sempre tive uma grande admiração pela voz de Bethânia a declamar Fernando Pessoa.


É profunda... como o é a voz de uma PESSOA que sente...


Este poema é de uma beleza e profundidade que não deixa indiferente quem o lê/ouve.


Sintam-no...


Ni*


~*~


Fernando Pessoa


Todas as Cartas de Amor são Ridículas



Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.


(...)

~*~

Um excerto de Cartas de Amor... ridículas.

«Cartas a um Amor Futuro...» um projecto de escrita... que, espero, não seja ridículo...



Não tenhas medo de voltar a acreditar. Tristes são os fins, nunca os inícios. O Amor, não o temas. Ele é espada afiada, mas não contra ti. Pousa a tua mão, devagar, sobre o respirar da noite e sente, no silêncio, entre ecos de luas azuis, os nomes que te desenham as memórias: um poema, uma canção, uma cidade, um rio, uma cor, um mês, um abraço. Nomes. Em ti. Como uma rede de veias nas ruas do teu corpo. A vida nunca foi só inverno, lembras-te? Nunca foi só bruma e desamparo. Se bem que chova ainda, não te importes, não tenhas medo. Ousa. É a tempestade que faz ruir os muros. Deixa o teu coração ser solo sagrado para um amor-perfeito. Como um poema açucarado bebido num beijo. Hão-de pedir-to quando chegar o tempo das cerejas. Ou antes. Não tenhas medo de voltar a acreditar... e sopra-me ao ouvido o que responderias se te dissesse 'Eu acredito...', com a certeza dos veleiros que levam os sonhos para o mar.

*

Ni*, in Cartas a um Amor Futuro


segunda-feira, setembro 07, 2009

CONVITE LUNAR...



Vem desenhar o meu nome, com a tua língua,
na minha pele tão deserta de palavras...
...


Vens?

...

Ni*

sábado, setembro 05, 2009

«Celtic Memories»


(Clicar para aumentar a foto-montagem)




«(...) amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso
estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo
hoje, vou correr à velocidade da minha solidão.»


Al Berto




Tenho o olhar escondido nas mãos
que cheiram a ilhas desertas de ti.
...
As aves traçam rumos de ida
e a tua voz vai com elas.
E tu segues a tua voz.
...
Tenho medo que não regresses do invisível.
Tenho medo de (te) pensar
«à velocidade da minha solidão.»
...

Ni*

domingo, agosto 30, 2009

PORTO DE ENCANTO...

Lisboa... 28 de Agosto de 2009... 7:09H... Gare do Oriente...
Alfa-Pendular-Omega... :)






Chegada ao Porto... 9:40H... um dia pela frente para passear...

























Ao fim do dia... o regresso a casa, a Lisboa... bela... sempre bela... embora o Porto me tenha encantado, desta vez...