Talvez eu te ame outra vez...
Timidamente, desenho o teu nome na minha boca...
Talvez...
MOMENTOS únicos, irrepetíveis, que devemos 'trincar' com o prazer de quem saboreia a primeira maçã da vida...
Ni*
... Então, inventámos uma só palavra que define com doçura e encanto a improbabilidade universal de dois corpos se voltarem a encontrar com a mesma intensidade da Luz - a Saudade...
Somos apenas almas que gerem com maior ou menor perícia essa saudade doída. A ausência é uma saudade arrefecida, uma saudade que nos faz ter tempo para recuar e olhar para dentro.
Dizem que o tempo cura. É mentira. A Saudade não. Nada a cura. Não sobra tempo para nada, porque todo o tempo do mundo pertence-lhe.
E eu olho esse tempo da Saudade e, devagarinho, encosto-me à memória das coisas boas, como a luz do teu olhar, sempre que alongávamos a vista pelas ondas altas de espuma a rebentarem do outro lado da janela.
E é no tempo que roubo à saudade que digo que gosto de ti. Assim, com toda a simplicidade. Ainda que não me ouças...