terça-feira, fevereiro 27, 2007

«SE EU VOLTASSE A NASCER ...»



Se eu voltasse a nascer,
despia o destino, os ventos contrários,
os barcos que naufragam nos meus olhos,
iludidos por rumos adversários.
Se eu voltasse a nascer,
contrariava os passos solitários...
E era a ti que eu amaria outra vez.
(...)
- continua, ou não -
Ni*


*

Se eu voltasse a nascer,
despia-me de mim e em ti,
viveria em tom diferente...

poeta eu sou...

*



Se eu voltasse a nascer,

faria o mesmo q fiz até hoje.

Reviveria tristezas

pq tenho a certeza que foi c elas q mais aprendi.

Sara Realista

*


Se eu voltasse a nascer
Queria os teus lábios ...
Os teus olhos procurando os meus
E a tua boca a sussurar loucuras
mesmo que só loucuras
Se eu voltasse a nascer queria voltar a ser EU.
Queria tudo o que é meu.
Tudo a tempo inteiro...
Se eu voltasse a nascer o Mar
seria de novo o meu feitiço
A lua de novo o meu refúgio.

Se eu voltasse a nascer...
Queria todo o meu Mundo
Todo o meu Eu
Tudo oq ue já tive e queria ter de novo..

Se eu voltasse a nascer...
Queria voltar a nascer para nascer novamente...

Cleopatra

*



sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A ROTA DAS AVES INCONFORMADAS







Olhas para além do muro; e
o que vês? O tempo para além do tempo,
a tarde que não chega, ou a noite que
vai chegar quando menos a esperas,
uma última ave no limite
do céu, pedindo-te que a não sigas.
Mas não cedas ao abraço da árvore,
ao apelo das raízes, à melancolia
de um desejo de horizonte. Encosta-te
a esse muro, sabendo que ele desenha
o espaço que te foi dado, e que as tuas
mãos descobrem no frio da pedra.
Não te resignes ao que existe. A ave
que desapareceu por trás da colina conhece
o caminho que os teus olhos procuram.


Nuno Júdice... aqui: http://aaz-nj.blogspot.com/

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

MESMO QUE SEJA SÓ UM MOMENTO...




ESPECTACULAR...





LUME



'Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá

Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter

Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar

Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti.'

Mafalda Veiga
...tudo é apenas um momento...
Ni*

terça-feira, fevereiro 20, 2007

(DES)MASCARA...

Foto: S.M.



Disfarça de carícias a minha pele morena e (des)mascara, com traços quentes da tua ávida língua, o desejo adivinhado...
...hoje, soltaremos o mesmo gemido nos braços do vento.

Ni*

domingo, fevereiro 18, 2007

RESPOSTA A UM DESAFIO TEXTUAL






O desafio, aqui:






...





Há na luz da manhã a promessa dos dias felizes.

As tempestades são-nos exteriores e passadas. A noite foi intensamente desenhada na pele, nas carícias que nascem no afecto e se soltam, com alma própria, dos dedos. Não comandamos os sentimentos, dizes-me. Ainda bem, sorrio-te eu. E é esse sorriso meu que te abraça, neste momento do dia nascente, em que nós nascemos também. Sei que quando abrir os olhos estarei a aceitar o pacto de mais um dia, que só poderá ser feliz porque ao teu lado. E é esse dia a maior oferta que nos daremos. Os meus cabelos longos, escuros, traçam linhas bailadas sobre o teu braço e o teu peito, em cascatas de promessas de seda. Sim, cumpro as promessas. Sim, ganho as apostas ainda que as perca. É quem não receia o amor que vence as batalhas, sabias? Adio o acordar. Permaneço neste conforto de (te) sentir apenas, sem que saibas que ouço a música que a tua vontade de parar o tempo me conta e canta. Há algo de divinamente humano e puro nesse teu enlaço, nesse estreitar-me, como se os meus poros respirassem os teus. Vou acordar, amor. O mar depositou em nós a esperança das algas verdes e das marés cheias. A areia estende-se em braços que procuram o calor. O nosso. É urgente que o saibas. Será o meu sorriso que to dirá....


...


Há no vagar dos passos sobre a areia a sabedoria das gentes do mar. Aprenderam com as luas e as marés o som do tempo. E nos olhos transportam a paciência do sal, que espera que a água se desenhe nuvem para só então se mostrar. A tua mão na minha nega o medo. E eu fecho os olhos, no abandono confiante do sentir e dos sentidos, como se o caminho só pudesse ser este, ao teu lado. Há uma idade, após a idade das certezas, em que tudo arriscamos. Podemos não saber para onde seguir, mas sabemos com quem queremos ir. Juntos, meu amor!


...







Ni*

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

AMOR... PEDAÇO DE CÉU DE SEDA...




A imagem fala por si.

Metafórica, a lembrar-nos a fragilidade da seda que envolve todos os afectos. Assim como os instantes de eternidade, os pedaços de céu, os momentos de espelho com o que há de mais semelhante com a felicidade.


Para quem hoje não vai receber nem beijos, nem flores, nem aquelas ternuras que se aninham no brilhozinho dos olhos... (esteja só ou acompanhadamente só) é natural que, ainda que diga que este dia serve apenas os valores do consumo, sinta bem lá no meio da sua verdade , como carta de marear delineada com traços profundos, a tal ilha da solidão.
...
Deixo uma sugestão... que eu vou seguir também... ame-se!
Verá que não há canto de passarinho nem poesia do mar que não sejam seus!
...
Ni*

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

DEIXA UM ESPAÇO LIVRE...


'Não queiras saber tudo. Deixa um epaço livre para te saberes a ti.'

Vergilio Ferreira

.

:.´*`.:

Esvaziei-me de quase todas as tristezas,

mas deixei, intacta, uma esperança.

Soltei mágoas, presas em palavras

a que troquei as sílabas,

adoçando-as.

Coloquei ilhas de reticências

entre a vida e a dor.

Arrumei o mar no fundo dos olhos

e as asas à superfície da vontade.

E deixei espaço, muito espaço,

para reinventar os momentos

e me recriar.

Ni*