sexta-feira, julho 14, 2006

AMOR SEM DONO


Amor Sem Dono
Nina Castro

Sou...

Essência inteira, una, verdadeira...
Nem metade, nem o dobro.
Do fruto e da vida sou o todo!
Vontade de ir além do além e mais além.
Abraçar o tempo-espaço que ainda não é de ninguém.
Sem sal no olhar pelo que já foi.
Sem páginas de vidas coladas...
depois de rasgadas...
O vento curou a ferida do que já não dói.

E refazer as rotas de marés agitadas.
Firme no leme deste meu coração-razão veleiro.
Ressuscitar centelhas divinas naufragadas.
Louvar as palavras-mantras resgatadas.
E beber o segredo do Amor último
com sabor sempre a primeiro.

Sou...

Amor no feminino.
Ora dócil ora felino.
Encaro firmemente o caminho.
E com mãos-cálice de ternura desenho o destino.
Não me vendo.
Não me rendo.
Apenas me dou...
... num momento...
num fragmento...
faço-me eterna, maga-mulher...
Que sabe e escolhe o que e quem quer.

Sem dono, sem senhor, sem dor.
Sou MULHER-AMOR!

Lisboa, 5/7/2006






~***~

Carinho e o meu abraço de vento

Nina

segunda-feira, julho 10, 2006

FRAGILIDADES


Talvez a vida magoasse menos, nalguns momentUS, se não precisássemos de dizer adeus.

Ou melhor, de o balbuciar, como quem o conjuga de perfil e, da primeira à última sílabas, o compreende na semântica, na gramática, ou num sentido oculto que se resguarda (perdido) nas entrelinhas.


Ni*