domingo, janeiro 28, 2007

«MATAR A SEDE COM ÁGUA SALGADA...»




'Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas às urgentes
Perguntas que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer enquanto
O nosso amor durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...

Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada...'

Miguel Torga

9 comentários:

Anónimo disse...

Gosto muito deste poema de Miguel Torga.
Houve seguramente uma razão para o teres escolhido,não comento,a felicidade é um caminho que se faz e nos faz,que tenhas a tranquilidade para o fazeres apesar de todos os mas.
A música,sorri,aprendi a ter mais saudades do futuro,é apenas a convicçao que a felicidade tem muito o sentido de dentro para fora,acredito!
beijo
M

Anónimo disse...

" Ouvir de novo a tua voz seria, matar a sede com água salgada... "

Fica no ouvido...

Aliás, é um poema muito bonito... nice choice ;)

Beijinhos***


LiMa =)

Catarina Alves disse...

Nina...

Ainda não tenho net, mas como te disse, arranjo sempre maneira de vir aqui(mesmo quando não digo nada!). É bom vir aqui.

Vim ler, ouvir, sentir...

Gostei. E gosto-te.

Devia dizer alguma coisa sobre o poema!?! Não me parece... o poema fala por si, não precisa que nós falemos dele. Como se pode falar de um poema?

ehehe acho que já ouvi isto em algum lado... onde? :)

Há tanto tempo que não faço perguntas... hum... quando é que chega o momento certo?

Ainda há uma frase que me tens que explicar... assim devagarinho... com se eu fosse muito burra... mas eu sou!!

Vá lá... quero um sorriso!!! Já está? Sim?

Abraço

Catarina

Ni disse...

M...
Lima (Ricardo)
Nani (Catarina):

Um abraço... abraço-partilha... onde damos e recebemos o afecto que, por vezes, a vida coloca num caminho paralelo ao nosso... vêmo-lo, mas não nos cruzamos com ele.
(Apesar de eu saber que não há impossíveis... e que tudo está à distância de uma mão... uma decisão).

É um grande, grande, GRANDE poema.
Não sei se de amor ou de desamor.
Mas é dos que guardo numa gaveta de mim...

Até já.

Ni*

Apache disse...

Esta foto lembra-me o mar da Costa de Caparica algumas horas atrás e o poema, alguns "golos" de água salgada com que (às vezes) vou enganando a sede.

Desassossego disse...

Mas é o sal que dá sabor à Vida, tal como na história da princesa...

Um beijo doce....doce como a àgua do rio que acalma a sede.

Ni disse...

Apache:

«...e o poema, alguns "golos" de água salgada com que (às vezes) vou enganando a sede.»
...

Todos nós...

Mas há água doce.
É preciso nunca desistir do seu sabor.

Ni disse...

Desassossego:

O sal dá sabor à vida.... o sal quando se associa à água cria um mar... mas o sal, quando teima em ser mar nos olhos lembra-nos que algo só existe porque existe o seu oposto.... neste caso 'a doçura'... e sentimos a sua falta.

Jinho

Ni*

Cleopatra disse...

ESte poema é lindo
tenho uma foto minha para ele..
Não vou resistir....