domingo, outubro 05, 2008

DIVIDIDA


Ando sobrecarregada de trabalho!
Apesar da minha energia transbordante... estou numa daquelas situações em que é TANTO o que há para fazer... é TUDO para ontem... que não consigo estabelecer prioridades.

Ainda assim... e porque sou feliz em aula, e fora dela, com os meus alunos... criei um blog conjunto com eles...
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É quase impossível fazer algumas correcções a todos os posts, porque em duas semanas... vão ver o que eles já partilharam...
Bom, muito bom... mas muito trabalhoso!
Deixo aqui um post do blog «QUEM ÉS TU?» : o texto foi iniciado por uma aluna, continuado por um colega meu... e também professor dessa aluna... e a seguir escrevi eu (porque estes meus dedinhos não conseguiram ficar quietos... e obedeceram a este vício da escrita...)
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(Vão ler os 'meus meninos'... eles apreciarão uma palavra vossa!)
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LUZ


Estava escuro como breu e tu apareceste, Sol radioso e brilhante, trouxeste a felicidade de volta à minha vida. Iluminaste-me o caminho durante uma longa jornada que fizémos juntos, lado a lado, uma só alma em dois corpos. Juraste que seria para sempre, que nunca irias para Oeste... a tua luz sempre foi indispensável para mim, o teu calor aquecia-me no dia mais frio, mas acabaste por te revelar apenas o início de um sonho inacabado. Quando a noite chegou, desapareceste no mar, deixaste-me só, com o meu fraco luar, a iluminar todos os outros amores, sem poder viver o meu. Ainda hoje sofro por isso... e agora vivo... talvez à espera que o dia chegue para eu poder ver outra vez essa luz brilhante e amarela... sejas tu, ou seja outro Sol que vier em teu lugar.

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E o Sol aparecerá e encherá de luz e calor mais um dia para mais tarde ir para Oeste e desaparecer no mar. E quando isso acontecer, mais uma vez uma grande Lua Cheia iluminará a noite... sem o calor do Sol, mas com uma beleza incomparável.
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Tauronet
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É a beleza líquida das luas azuis, que migram para Norte nos olhos de quem conhece o sal da solidão... e o doce do riso cúmplice e solar...
Nessas noites, o vento é de Levante, cortando cirurgicamente, impiedosamente, letra a letra, o teu nome. E as marés, inconformadas, gritam até à exaustão que em mim, a memória dos teus poros, nunca será pó.
É que tu juraste que seria para sempre, que nunca irias para Oeste...
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Ni*

4 comentários:

Maria disse...

Irei visitar o blog já a seguir.
Porque é que os professores não são todos como tu? Tenho a certeza que os teus alunos nunca vão esquecer que passaste pela vida deles...

Um abraço, Ni.
(e um sorriso)

O QUATORZE disse...

Boa Tarde
Por vezes dou uma volta pelos espaços e parei um pouco no seu.
Li até "O livro ficou", se permitir voltarei para ler postagens antigas.
Comprimentos
LUIS 14

Joana disse...

Amiga-Mana-Poesia,

Como sempre chegar, sentar-me, encostar-me a ti e ler-te é saber sonhar e voar para te sentir.

Obrigada. Estou Feliz!

Beijinho de luz, abraço de mel.

Joana

Blood Tears disse...

Gostava de ter tido uma professora como tu, certamente... :)

As memórias não se dissolvem, e o vento dilacera cada lágrima.....

LINDO!

Beijo*