sexta-feira, abril 03, 2009

PAIXÕES, PAIXÕES...

(Post colocado hoje no blogue «QUEM ÉS TU?»... porque foi onde surgiu este desafio... e vale a pena acompanhar a partilha que os meus meninos estão a fazer por ... :) Gente bonita, céus!)
__________.o0o.________
*
Um prazer partilhado é um prazer redobrado.

Desde que surgiu no blogue o tema 'PAIXÕES'... são inúmeras as vezes que venho aqui, ao longo do dia, 'espreitar' esta janela da alma... na expectativa de encontrar novos posts... partilhas.


É fascinante descobrir-vos... 'saber-vos', conhecer-vos mais e mais... e... surpreender-me. Fascinar-me com as pessoas bonitas que vocês são... e que passam testemunho do bom, do bem que vos ilumina a vida. Porque as paixões (pela vida e pelo que ela nos oferece....) são alimento para a vontade de ser feliz.... energia vital. Nunca percam essa capacidade de desenhar sorrisos nos outros! O vosso próprio sorriso aumentará (sim, acredito MESMO no que escrevi!), pois uma só vela pode acender centenas de velas sem perder a sua luz, o brilho da sua própria chama. É este o milagre simples a que chamamos: PARTILHA.

...

Porém... a hora em que mais me delicio com o que vocês escrevem é... tardia. Gosto da noite - e do dia... :) - gosto muito da noite, do silêncio da quase madrugada, quando a cidade dorme, o coração se abre em labirintos para percorrer e enigmas para decifrar e as horas são só nossas... A NOITE é uma das minhas paixões. Escrevo 'na' noite (Outra Paixão... a ESCRITA. Talvez seja este ano que publique 2 livros... 'Cartas a um Amor Futuro' e... 'Momentos'... shhhh... segredo...)... acompanhada por um chocolate quente, um decaffeinatto ou um latte machiatto... DOLCE GUSTO (outra paixão!).



E LER...


LER é uma cumplicidade que se estabelece com o livro... é uma intimidade que se prepara (quase) como um encontro amoroso. É diferente ler enquanto viajamos de Metro ou ler, à noite, no nosso quarto... ao som de «Solitudes - Angel's Embrace - exploring Nature With music» (se não conhecem... aconselho! Sons de mar, de chuva... de pássaros... em harmonia com vozes que nos abraçam e enlaçam suavemente, mas não nos prendem... sons que estimulam as asas da nossa liberdade de ser e sentir...).

Permitam-me que partilhe convosco um livro:

«A SOMBRA DO VENTO»


Narra-se uma história sobre os segredos do coração e o feitiço dos livros. Apresenta ao leitor um mistério literário passado em Barcelona, na primeira metade do século XX, num crescendo de "suspense" que se mantém até à última página. Este livro partilha uma trágica história de amor, cujo eco se projecta através do tempo.

Deixo-vos aqui um 'dolce gusto' desta leitura, através de alguns excertos:

"Ele costumava dizer que existimos quando alguém nos recorda”

“Alguém disse uma vez que no momento em que paramos a pensar se gostamos de alguém, já deixámos de gostar dessa pessoa para sempre”

“… às vezes uma pessoa sente-se mais à vontade para falar com um estranho do que com as pessoas que conhece… […] Provavelmente porque um estranho nos vê como somos, e não como quer acreditar que somos.”

“Poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração.”
“Aquelas primeiras imagens, o eco dessas palavras que julgamos ter deixado para trás, acompanham-nos toda a vida e esculpem um palácio na nossa memória ao qual, mais tarde ou mais cedo – não importa quantos livros leiamos, quantos mundos descubramos, tudo quanto aprendemos ou esqueçamos – vamos regressar.”

“Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa tem dentro.”

"Os acasos são as cicatrizes do destino.”

“As pessoas estão dispostas a acreditar no que quer que seja em vez da verdade.”
...


Ah... e uma outra paixão que tenho: VIAJAR. Há muitos locais onde preciso de ir (alguém gostaria de me acompanhar nestas viagens?):





Ni*


7 comentários:

Anónimo disse...

Já iniciamos essa viagem. Agora por dentro de nós.
Outras viagens, ao mundo lá de fora ... gostaria.
Como gosto da noite na cidade.O adiamento e ralativização.
No campo que vivo agora,os livros, a música, no Inverno a lareira, até que o dia espreite.
A propósito O Jogo do Anjo, de Zafón, é agora uma companhia.
Hoje, mais tarde, vou tentar comentar essas coisas que ele escreveu
Um beijo minha doce Ni*
João Miguel

Ni disse...

«O Jogo do Anjo» está aqui, a espreitar-me e a convidar-me para o ler... já há algum tempo... :)

Neste momento estou a ler vários, mas há um que foi olhá-lo... pegar-lhe (como gosto de sentir os livros... e refiro-me a sentir a capa, o odor das páginas... )... e trazê-lo comigo. Estou a saboreá-lo devagar... umas páginas por noite... : « O Vendedor de Sonhos», de Augusto Cury. Fascinante... abana-nos... questiona-nos... sobre os nossos grandes sonhos. É uma viagem até ao centro da nossa verdade, essa ilha mágica e permitida apenas a quem nos sabe ler os sorrisos.

...

Campo, livros, música, lareira... estás bem acompanhado! :)

Anónimo disse...

Querida Ni,
Já li A sombra do Vento e gostei muitíssimo. O Jogo do Anjo menos. Viajar, adoro. Adoro tanto que só de pensar que posso não conseguir viajar me causa angústias.
Quanto ao livro que está agora a ler, só porque é indicado por si, vou comprar e ler e acredite que enquanto o estiver a ler me vou lembrar de si.
Agora tenho lido livros sobre Rainhas. Li um sobre a Catarina de Bragança, outro sobre a Imperatriz Isabel (Sissi) e, neste momento, estou a ler sobre a Maria Antonieta.
Um beijo e bom fim-de-semana.
Teresa
P.S. Segunda de manhã volto cá. Logo de manhã.

Henrique Dória disse...

Muitas vezes aqui venho.Algumas deixo mensagens.Gostava que visitasses o odisseus e deixasses também mensagens.Beijos

Anónimo disse...

Conforme a sugestão fui dar uma espiada no Quem és tu ? Adorei. A "setora" fez aluma coisa bem feita para ter um grupo assim, que se vai sempre lembrar-se de tí.

Porque será que é tão importante que se lembrem de nós, mesmo depois de partirmos ?
Parece que tem a ver com o instinto da conservação da espécie, será verdade ? não sei.

Também acho que quando se para para seber o que sente é porque não se sente. porque quando se sente, sente-se.

Mais do que estranho, será mais fácil tirar a máscara social numa situação em que se julgue não ter perigo.


Vem a propósito dizer que com muita pena minha não me lembro qual foi o primero livro que lí.
Acho que não gostava de ler e assim nunca aprendí a escrever.
Mas curiosamente ter um livro na mão inspira-me segurança.O livro enquano objecto é precioso, não gosto dos emprestar om medo de os perder.
Em criança estava ao abrigo de tudo se estivesse a ler ou a simular.

Se o escritor conseguir encontrar o fundamental das coisas e das situações, provávelmente esterá perto do universal e imutável.

Não quero acreditar no destino.
Qual seria o papel da nossa força interior se a nossa vida evoluisse independentemente da nossa vontade ?
Está claro que ha muita coisa que não sei como é que acontece.

Esta é muito complicada.
Será que acreditamos mais fácilmente na mentira ?
Não sei. Prefiro acreditar que acreditamos no que intimamente é mais cómodo.

Com estas respostas fica aqí dito muito do que sou e de como estou.

Gostaria de saber o que pensas destas respostas

João Miguel

Anónimo disse...

Na primeira oportunidade vou comprar O Vendedor de Sonhos e fico a aguardar a publicação de dois outros que me disseram em segredo que ...
João Miguel

Alberto Campos disse...

O Carlos Zafon leva-nos á fronteira que em nós existe entre realidade e fantasia. A Sombra, OL Jogo que devoreei ainda sem esperar a tradução, o principe da nebelina e outros mais que fui descobrindo, trouxeram-me uma inocencia real. Parabens paela escolha. Ni, bom trabalho como escultora de almas. As almas estão lá o teu trabalho é retirar as partes que lhes não pertencem. ao modo do mestre Leonardo.