quarta-feira, abril 01, 2009

ÉS O POEMA. E ESTÁS EM MIM...



Em mim, moras tu. Moras na sede da minha pele, e nela te sacias, repousas e renasces. E em cada segundo... a cumplicidade do olhar, onde nos deitamos, num prazer absoluto. Sem vergonhas nem vertigens. Em mim, moras tu. Segredam-me ventos os teus segredos. Agita-se a tua alma nos meus poros. Desassossega-me o teu corpo, que me sabe as margens transbordantes, as fases crescentes e as marés vivas. Olho a página em branco e não escrevo. Hoje não te escrevo uma carta, amor. És o poema. E estás em mim.



E o resto, o resto não importa.

E sorrio...





Ni*, in Cartas a um Amor Futuro, 2008


Mia Per Sempre - Josh Groban

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas escreveste e que bonita, que bonita a intimidade presentida.
Um beijo minha doce Ni*
João Miguel

Alberto Campos disse...

Se em ti está bela morada consentida. Ah como te bebo as palavras e como vilmente as roubo em mim como se minhas fossem por eu as sentir. Viver perecendo em outro caminhar como se nosso fosse. Doce ilusão de sentidos.
O mar espreita e convida-me já. As amarras do porto descansão-me na mão esperando ordens... Depois? Depois fico preso, indelevelmente preso ao ancoradouro que as tuas palavras me recordam e não sou eu mais. Sou uma fronteira entre o sentir e a realidade. Partir ou ficar?