quarta-feira, março 11, 2009

secretUM

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SECRETUM

Eu sei... e tu também...
Desvendámos o mistério de nos encontrarmos na eternidade...
No tempo que desafia a descobrir a sua idade...
No espaço... que se confina ao cheiro do nosso abraço.
Fecha os olhos, meu segredo...
Sente a minha carícia... deixa-me ler-te o desejo... sem medo...
Vem comigo ao limiar da liberdade... de quem se revê no olhar da alma do outro...
Almas reencontradas, festejos, risos, lágrimas, excessos... que ainda assim sabem a pouco.
E o teu convite profano e sagrado,
de homem...
Que sabe tocar a essência do meu jardim alado...
Razão e coração, Alma e corpo, toque e odor...
E a tímida palavra que nos envolve... Amor...
Alquimia... Sintonia, Mago da Natura, da noite... e do dia.
Pedra Filosofal...
Cavaleiro do Graal...
Águas descendentes do Céu, misturam-se com as águas ascendentes da Terra.
(Na tua voz descobri o cântico final, mantra de PAZ... ausência da chama da guerra.)
E na tua entrega... homem que anseia nos meus braços tornar-se um menino...
União a duas almas com o divino...
Purificação , libertação das amarras, da queda redenção...
União a um só coração.
E no meu ventre, de ti molhado, salgado...
Água ardente, Ar, Terra e Fogo húmido... confluem para o momentUM sagrado...
O 'UM'... de novo...
há gerações apartado.
E o oculto se desvenda, quinta-essência...
E assim se cumpre a Roda do Tempo...
Alma, espírito, matéria... transmutada em anulação de ausência.
E assim se cala o lamento...
*
Ni*

4 comentários:

Anónimo disse...

HOMEM

Inútil definir este animal aflito
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.

António Gedeão, 1956

Maria disse...

...e assim se calam as palavras, que não as águas... sem mais para escrever, com muito para sentir...

Um beijo, Ni

Alberto Campos disse...

Tempo sem espaço
Espaço sem tempo!
No quinto Imperio sucessão de mitos modernamente antigos!
Sempre presentes, sempre ausentes em duvidas certezas.
Tudo é dual, tudo é uno!Nada é este caminho ausente alem que no aqui se cumpre e renova.
Na viagem sempre presente destes passos que preseguem a luz.
Intrigante? Não!
A certeza do passado é a certeja do conhecimento real!
Feliz do sol se põr por de traz da Ilha Sagrada...na calma intensa do teu olhar. No odor das larangeiras do jardim!

Anónimo disse...

Eu sei...e tu também
que esta nosso conhecimento se aprofuda em cada palavra tua.
Todos sabemos que quando um sentido falha os outros se hipertrofiam e neste caso um pouco de quase nada tem que ser suficiente.
Assim te vou lendo nos teus poemas.
Assim eu sei ...
Que tenhas uma boa noite, minha linda Ni*
João Miguel