sábado, junho 23, 2007

POST COM SENTIDO... CONSENTIDO... E MUITO SENTIDO...

"Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade."

Miguel Torga

Rui Veloso tem um lugar privilegiado na minha vida...



Canção de Alterne


Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz

Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora

8 comentários:

Cleopatra disse...

Olá NI, acho que andamos todos muito melancolicos.
Um bj
Vais ao jantar?

Ni disse...

Olá, Cleópatra...

Há momentos assim...

Jantar?!

Catarina Alves disse...

Sentido… muito.

Bebi as palavras, como se de um licor de recados se tratasse… recado para todos os que têm a 'sorte' de sentir Rui Veloso…

- Pára de chorar… e vive!...porque "não há ninguém a conspirar para fazer destinos"… e se quiseres ainda podes sorrir.

Abraço…

Catarina

Cleopatra disse...

No blog
vai ao João, pergunta-lhe. Ele sabe.

o alquimista disse...

Dois temas para meditar...Veloso e Torga...

Doce beijo

Manel do Montado disse...

Cara Ni

Adorei o teu comentário ao que escrevi a uma das mulheres que amei. Sabes, entendo que o amor, a amizade, o carinho e todas as emoções boas, assim como algumas más, não são quantificáveis nem de “mais ou menos”. Ou são ou não são.
Não se ama ou se é amigo mais ou menos. Ou se é ou não.
Gostei do teu espaço e da música de fundo. Inspira e transmite serenidade.

“Tantas vezes nego a existência do amor, deste amor que descreves, para além do tempo, espaço, idade, estado... embora saiba que ao negá-lo o afirmo... e foi bom ler-te.”

Nunca negues o que sentes, porque isso será negares a tua existência mais pura. O arrependimento consumir-te-á mais pelo que deixas-te de fazer do que pelo que fizeste. Porque ali deixas-te de ser tu e aqui és tu na plena afirmação do que és e é assim que se querem as pessoas, autênticas.
Voltarei…

Maria disse...

Gosto dos dois...
e dá para pensar, sim...

Rui Gonçalves disse...

Adoro esse poema.