quarta-feira, abril 30, 2008

ÉS O POEMA. E ESTÁS EM MIM...



Em mim, moras tu. Moras na sede da minha pele, e nela te sacias, repousas e renasces. E em cada segundo... a cumplicidade do olhar, onde nos deitamos, num prazer absoluto. Sem vergonhas nem vertigens. Em mim, moras tu. Segredam-me ventos os teus segredos. Agita-se a tua alma nos meus poros. Desassossega-me o teu corpo, que me sabe as margens transbordantes, as fases crescentes e as marés vivas. Olho a página em branco e não escrevo. Hoje não te escrevo uma carta, amor. És o poema. E estás em mim.


E o resto, o resto não importa.

E sorrio...



Ni*, in Cartas a um Amor Futuro,2008

7 comentários:

Maria disse...

Belíssimo este post. Que tão bem (e também) sinto.... é uma questão de pele....

:))
Um beijo, Ni

Pecadormeconfesso disse...

Também tive um poema e chamava -me "meu poeta".
Hoje não sei mais ser o poeta que ela via em mim.

Excelsior disse...

...

*suspirando. sentido.*

...

(...Arrisco... e lá vou eu, ousado, ao sabor de uma escrita que nunca terei verdadeiramente como acompanhar... mas que em mim, desperta o querer incontornável e absoluto de o fazer...)

...

"E em mim, moras tu... Moras no palpitar de uma batida de coração, no acariciar de uma brisa de verão, de um beijo de liberta paixão...

E em mim, moras tu...No difícil controlar de uma emoção, sempre nova, nos minutos e segundos antes de um nosso reencontro, sempre sonhado, tanto ansiado, nunca repetido.

Acorda-me desejos proibidos, contigo ternamente puros, a linha do teu corpo. O brilho do teu olhar de rapariga. O sorriso que enuncia o beijo de uma mulher, que é Amor para além do dizível. A insaciável vontade de te descobrir, e por ti ser descoberto, em penumbra só tua, contigo nossa. Num crescendo ondulado, como intensas chamas e indomável ventania, como suave calor e amena aragem.

Se eu sou poema, tu és a melodia que acompanha o poema, numa canção que existe, sempre, no silêncio da distancia ilusória que são todos os instantes em que nossos corpos não estão juntos."

...

(Fazes, és Magia. Ponto.)

luar perdido disse...

Um poema destes guarda-se no coração, cola-se na alma, deita-se ao lado, vive-se intensamente. Que o "teu poema" permaneça em ti sempre, porque de facto o resto....Não importa mesmo!

Mil beijos em ti

Alquimia do Amor disse...

Oh Ni!
Cartas a um amor futuro...
e eu que escrevo poemas a um amor cego... idealizado... lol? Tem tudo a ver nao e!
Como te entendo... Cada um ama e idealiza o seu objecto amado de acordo com os seus desejos e necessidades.
Posso nem sequer te ter entendido mas escrever a algo que ainda nao aconteceu e se calhar nem acontecera nesta vida e sem duvida transcendente e magico.
Amo a ideia do nao agora, talvez um dia, quem sabe nunca... O amor idealizado tem mais sentido.
Enfim tontices... Beijos magicos e alquimicos como a minha alma sonhadora.

unnamed disse...

Foi com surpresa que me deparei com um post seu com um notável peso nas palavras. Está melhor? espero que sim =)
Como amigo que me considero, não me importaria, pelo contrário, se me fosse pedida ajuda da sua parte. ;)

Quanto à fotografia deste post, só tenho a dizer que é muito bonita, acompanhando na perfeição o seu excelente texto.

Não pare de escrever (aqui) - não sabe como gosto de visitar esta sua casinha. =D

sempre amigo:
.feio_do_irc. *

Ni disse...

Cartas a um Amor Futuro! As palavras que escreves, lindas demais... E não deve ser assim se não ter o Amor dentro de nós? Sorrirmos só de olhar?

Quando atinge o seu máximo de pureza, não existem palavras que consigam marcar num papel o que o Amor é em nós! Apenas começa a ser gravado no nosso coração!

Beijinhos, Ni, e um xi muito doce!