quinta-feira, maio 15, 2025

ÀS VEZES...


Às vezes, arredonda-se a lua nos meus olhos, em brancos-memória-espuma e canto, eu abro lentamente as pálpebras, sinto as brumas no arrepio que não é de frio, reencontro-me no espaço que me guarda o tempo, acompanho o voo das rimas nos poemas que um dia libertei, traço esquinas líquidas para os sonhos, na esperança de os encontrar ao cruzar os meus olhos com as palavras ainda não ditas e sorrio. As vozes, à volta, cantam um  ansiado Verão improvisado, não sentido e sem sentido. O cansaço, ninguém mo adivinha nem na boca, nem na garganta. Nem nos olhos. Nem nas mãos. As noites sim. Assim.

Ni

2 comentários:

SilenceMoon disse...

Lindíssimo......

Ni disse...

Obrigada, SilenceMoon...
...sentido. Muito.Como tudo o que escrevo.