quinta-feira, fevereiro 01, 2018

PROMESSA...




Vem... esta noite faço do meu corpo
a secreta folha de papel em branco...
e evoco os tons com que se escreve o Amor sem dor.
E, com os meus olhos de terna madrugada,
sorrirei para o espanto do que ainda de mim não sabes...

(...)

Ni*

16 comentários:

Amaral disse...

Fico um pouco na terna madrugada do teu olhar!
E fico a saber como se escreve esse Amor...

Ni disse...

AMARAL:

:)

Depois de certos percursos de vida é difícil lembrarmo-nos como se escreve o amor que não rime com dor. Mas a memória é um rio doce e fluido... e onde havia dor passa a existir horizonte, e onde as gaivotas tinham escolhido terra... passa a acontecer um voo trinado, com ecos de vontade de dançar.

Terna é a madrugada no olhar de quem escolhe a alegria de renascer, meu amigo...
... o Amor... o Amor... começa em nós...

OUTONO disse...

Olá!
Por entre o embalo de um dia marcante, onde procuro apenas dizer presente, percorro leituras aqui e ali, como amigo cheio de saudades grandes.
Nem todos os dias são iguais, para todos. Nem todos os momentos, marcantes para todos.
Hoje...depois de uma viagem aérea imensa, onde cultura se mistura com vontade e trabalho, saboreio o recanto do guerreiro , e largo os pensamentos à solta, como ventos contidos.
O sol único e mundial desta pátria lusa, molda-se aos nossos movimentos, e confidencia-nos ...
- Calma! Amanhã voltarei!
Ao acaso, de uma folha velha, de muitas guardadas a medo, um traço de sentimento solitário...Estávamos em 1999, pouco antes da passagem de testemunho da soberania Portuguesa de Macau, para a actual RAEM (Região Adm. Especial de Macau), com a flor de lotus a centrar o verde esperança da bandeira. Por razões de trabalho visitei a China nessa altura. O papel da escrita é papiro de arroz rasgado, restos de uma moldura de grafismos.

Voltado para o Jardim de Camões, escrevi com uma das esferográficas (série Limitada) alusivas ao momento histórico:

Gostava tanto de ter um mundo pequeno
Sedento de amor
Onde o teu olhar fosse imenso.

Gostava tanto de ter uma vontade forte
Onde mesmo a fraqueza do teu amor
Fosse rasgo de atenção.

Gostava tanto de ter um sonho bonito
Onde mesmo a tristeza de acordar
Fosse riso espontâneo de criança.

Gostava tanto de ser...amanhã!

Outono

Maria disse...

Neste empo o Amor não tinha dor... ou já teria?
Não sei quando passou a ser dor em mim...

Lindo......
e um sorriso.

Excelsior disse...

Ni... :)

...espero que não me leves a mal... mas em particular após ter ouvido o som por ti abraçado, do poema do post anterior...

...impossível não imaginar na minha mente, o ouvir destas palavras, no embalo da tua voz... :)

...

"... o Amor... o Amor... começa em nós..."

...e entre muitas, tantas coisas, tantas quantas as estre o firmamento do Céu da Eternidade...

...o Amor é cura, num nascer revivido...

:)

(...Mas... Alguém está acordado a estas horas?)

0:)

Ni disse...

OUTONO, MARIA, EXCELSIOR...

As vossas passagens por este 'momentUM' são 'tocantes'...
Acabada de acordar... ler-vos fez-me sentir, mais uma vez, que a solidão é uma ilusão... quando nos unimos na escrita de afectos, memórias e sentires verdadeiros.
...
Agora vou preparar(-me) um pequeno almoço com frutos e sumos, queijos e doces, pães e flores... mimar-me. Sorriso. Mais tarde volto para vos contar o que os vossos comentários me fizeram sentir.

Deixo um abraço embalado...

OUTONO disse...

Faz pouco tempo...que mantive três dedos de escrita, sobre essa estranha forma de conjugar OUSAR.
Como a esfera dos ventos, pensava a norte e ousava, meditava a sul e quedava-me. Depois, rematava a este e matava a sede, enquanto a oeste me perdia.
Riso interno.
Sempre se disse,:- a oeste ...nada de novo!
Foi numa caminhada para norte, gélida , seca e esgotante que aceitei o desafio e ousei.
O OUTONO mostra-se (muito suave, mas vivo - e ainda pequenino) em:
pretexto-classico.blogspot.com
Não é um ensaio, não é mais uma forma, na minha vida de novidades, sem elitismos.
Pura e simplesmente, alguém me segredou: - Ouse...
Outono

Cleopatra disse...

Sorriso....ENORMEEEE.............e doce.

Ni disse...

MARIA:

«Neste tempo o Amor não tinha dor... ou já teria?
Não sei quando passou a ser dor em mim...»

A 'dor' é uma paragem no caminho. Nunca um país de destino. Existe em cada sonho por cumprir, interrompido. (Interrompido... não morto!) Deixa-nos tatuagens profundas, labirínticas... mas não eternas.

«Espelho, espelho meu... onde fiquei eu?» (escrevi eu há algum tempo... sem saber onde era o Norte ou o Sul... sem 'me saber').

Depois, Maria... depois redescobrimo-nos. Unos. Inteiros e não metades. E é nesse momento que verdadeiramente estamos prontos para Amar.

...

Abraço de vento, o meu.

Ni disse...

EXCELSIOR:

Um comentário às 5.05?!
:)

Espero que o 'momentUS' seja um bom 'porto de abrigo' nesse teu navegar 'dentro das horas'...

O excerto que destacaste na minha resposta ao comentário do AMARAL é verdadeiro. O Amor começo em nós. Tem a raiz profunda, tão profunda... que se enlaça com a nossa própria essência. E só assim é possível... e só assim é intenso... e só assim vale a pena.

Abraço doce...

Ni disse...

OUTONO:

Tanta coisa para te dizer... face ao que aqui partilhas de ti...

«Gostava tanto de ter um mundo pequeno
Sedento de amor
Onde o teu olhar fosse imenso.

Gostava tanto de ter uma vontade forte
Onde mesmo a fraqueza do teu amor
Fosse rasgo de atenção.

Gostava tanto de ter um sonho bonito
Onde mesmo a tristeza de acordar
Fosse riso espontâneo de criança.

Gostava tanto de ser...amanhã!

Outono»

'Onde o teu olhar fosse imenso...'

Sorrio.
É-me familiar, este sentir.

Todo o poema (todo!) é de uma beleza líquida... que se derrama em nós e decide os poros que quer acordar... arrepiar.

'Gostava tanto de ser... amanhã!'

Amanhã... é uma ilha abraçada por brumas a que chamam tempo. (Embora eu sinta que tempo e espaço são unos). Amanhã, Outono... é um eco de cada pulsar do passado, do presente... do 'fora-de-tempo'. Amanhã é tão real e palpável como a mão que queremos segurar, para a 'viagem' ser acompanhada...
Amanhã, Outono, é AGORA... JÁ...

Ousa...

Sorrio. (Utilizo tanto este verbo...)

Ousa SER AQUI e AGORA o TODO... sem tripartir ontem, hoje ou amanhã... porque o TODO contém até o tempo inominável... o das memórias futuras e felizes.

Abraço meu.

Ni disse...

CLEÓPATRA:

Sorriso doce e cantante para ti...
Não um... mas um raminho de sorrisos para ti.

:)

Gosto-te.

Excelsior disse...

... :D Antes de mais... errata: no meu comentário anterior, deveria ter sido "tantas quantas as estrelas no firmamento do Céu da Eternidade..."

(...Com o avançar da hora, a minha atenção, já por si naturalmente esparsa, tende a dispersar-se ainda mais...) 0:)

...Quanto a ser um bom porto... certamente, conheço poucos "poisos" capazes de transmitirem tanta Luz e Calor, como o espaço por ti aqui criado... :)

...E no que dizes, sobre o Amor... Ni... forma tão bela, de exprimir de forma tão cristalina, algo tão puro, natural e plenamente verdadeiro... :)

...Abraço terno...

Ni disse...

EXCELSIOR:

Errata.... hum... aproveito e faço também uma: onde se lê «O Amor começo em nós.» leia-se «O Amor começa em nós.» :)

Falar sobre o Amor, Excelsior, é natural como respirar. Creio que é assim para todas as pessoas... porque 'Nós somos Amor'.

:)

luar perdido disse...

Esta noite faço do meu corpo folha em branco...
Possas nascer em cada madrugada de descoberta e poesia, possa o teu corpo ser uma imensa e bela folha na qual escrevem delicados pedaços de eternidade. Possam os teus olhos de terna madrugada ver a aurora de um Amor que não doa, que preencha e te faça sempre sorrir pelas descobertas do que de ti ainda não sabe.

Passa pelo meu cantinho, deixei-te um desafio...
Suave e doce como sempre a tua escrita, bela e tocante, como a alma da mulher que ama.

Beijo feito de raios de meigo luar

C.M. disse...

"do meu corpo...a secreta folha de papel em branco..."
Bem... há que preencher com tinta de cor de sonho essa folha....