segunda-feira, dezembro 31, 2007

domingo, dezembro 30, 2007

RENASCER (NUM ABRAÇO)...

Porque hoje renasço um pouco... como em todos os 30 de Dezembro... recuperei este post.
Obrigada mãe e pai, por me terem desejado e me terem deixado nascer... há muitas luas atrás.


Ni*





«...porque tinha desacreditado das luas, porque naufragava um barco perdido no seu peito - antes dele chegar-, o abraço, aquele abraço, despertou nela as marés vivas, plenas e cheias, que lhe recordaram o que é respirar um olhar, com aquela ternura dos amantes que ainda o não são, mas se adivinham.»


Ni* (Texto em Construção)
8/7/2007


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«...Ficámos assim, por uma meia-lua-de-espanto, um mirando o espelho do outro, cativo da sua imagem, lendo-se no olhar à sua frente. E nesse momento mágico soubemos que o abraço era inevitável. E, ainda que, como tudo, durasse apenas o tempo de uma vaga em queda, seria o abraço maior dos nossos dias...»

Ni*
30/12/2007



quarta-feira, dezembro 26, 2007

ELA GOSTARIA DE LHE DIZER...

Fui buscar este post a Julho. Apenas porque... sim.
A Cleópatra , a Fanny , o JM Coutinho Ribeiro e o Excelsior juntaram-lhe a sua voz, a sua emoção, a sua arte na escrita.
Fica aqui o desafio... quem mais se junta às nossas mãos e escreve...


«Ela/Ele gostaria de lhe dizer...»

Pintura: Debra Sievers , 'Twilight Dream'


Ela gostaria de lhe dizer que sabia que um dia ele viria. Mas, ainda que ela não lho diga, ainda que ele não o suspeite, ela sabia-o. Ela viu-o vezes incontáveis no espelho reconstruído no seu peito, estilhaço a estilhaço, memória do antes do tempo que se soma e se diz em relógios de água. Por ele aprendeu a ler o voo das aves, a adoçar o sal das esperas líquidas. Aprendeu palavras poderosas com magas e a sabedoria das serpentes, quando as olhou fixamente e, sem receio, trincou a maçã. Por ele... ela vendou os olhos e escreveu sobre tempestades. Por ele... ela esculpiu espirais nas areias e mordeu cerejas, num ritual de iniciação ao prazer adivinhado. Por ele... ela ofereceu ao luar a suavidade das palmas das mãos... onde linhas se entrelaçaram em monogramas e momentos de vida a dois. Por isso ela gostaria de lhe dizer que conhecia o vulto dele, que pressentia o seu odor e sabia da doçura quente dos seus dedos na sua pele. E sabia da ferocidade e avidez com que se amariam quando os olhos se tocassem. Ela gostaria de lhe dizer que sabia que um dia ele viria...

Ni*

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Ela gostaria de lhe dizer que no mais fundo da sua alma sabia que ele um dia viria.
Não como o príncipe encantado dos contos de fadas, a tropel num corcel de crina desgrenhada, branca ou negra, robusto como os cavalos árabes, ou um Lusitano puro,... mas com aquele ar de solidão arrancada do passado. Um passado tão distante e marcado a ferro e fogo na alma do presente.

Ela gostaria de lhe dizer que por ele quebrara regras, sonhara infinitos e inventara momentos mágicos apenas ao som de uma Voz.

Ela gostaria de lhe contar que as cerejas se tinham tornado o fruto proibido e não a maçã... e que não seriam envenenadas, porque demasiado perfeitas para que qualquer elemento as modificasse, tal como o sentimento dela por ele.

Ela gostaria de lhe segredar que era por entre os papéis de carta que guardava nos seus segredos, que passava os dedos, os medos, e sonhava com a mão dele na dela... e sentia o tacto, o olfacto, o olhar, a voz, o paladar da pele dele salgada e amarga...

Gostaria de lhe dizer que um dia, ainda que muito longínquo, ela sabia que ele havia de vir, não como D. Sebastião surgido do nevoeiro, mas como o homem da sua vida, rompendo a bruma do frio da distância e ficando, sereno e calado, com as mãos dele descansadas nas dela..
Silenciosas e quentes, roubando o gelo das suas mãos.


Ela gostaria...

ACCB

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Ela gostaria de lhe dizer que sabia que um dia ele chegaria, qual brisa amena em noites de Verão. Mas apesar de não lho dizer, sabia que ele adivinharia os seus murmúrios na voz do vento, zéfiro amoroso das constelações que percorre galáxias de sonho e inunda as estrelas de vida e sorrisos.

Ela gostaria de lhe dizer que nascem auroras nos olhos da noite quando a reminiscência a abraça no silêncio das horas e lhe revela segredos das estrelas... que o orvalho das madrugadas traz o paladar das suas lágrimas perdidas no suspiro fortuito do seu coração. E o aroma da Lua? Como explicar-lhe que Ela veste o perfume inquieto dos pensamentos dele, incensos balsâmicos de saudade a impregnar-se nos sentidos da sua alma?

Ela gostaria tanto de lhe dizer que acaricia as letras que escorregam dos seus dedos de vento e se encontram no oásis dos astros poisando como plumas no âmago do seu ser... metáforas azuis esvoaçantes que cintilam entre fragrâncias cálidas de jasmim e brisas etéreas, transparentes de desejo e afecto.

Muitas pedras os separam, muitos castelos em ruínas... muitas vidas resguardam tantas recordações adormecidas...Subsiste a esperança, esse alento intrínseco que tudo move. Relatos silenciosos do cosmos ultrapassam a distância dos mundos... grito alucinante no peito que ecoa no mesmo céu e une almas... num laço [e] terno.

Ela sabia que ele viria e quando os seus olhares se tocassem, eles beijariam a memória ancestral da mesma saudade, o deserto das suas existências dissipar-se-ia com as brumas da espera... semeando flores de ternura no jardim dos seus corações... espargindo cânticos de eternidade pelo universo.

Ela gostaria tanto... tanto...


Fanny

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Ele gostaria de lhe dizer que sabia que um dia ela viria, mas como tudo não passava de intuição, ficou-se pelos seus silêncios, pelo olhar vago e até um sorriso de desdém, tantas vezes de viés, reflectido no espelho gasto da enorme sala onde passava os seus dias de solidão, a solidão que ia descontando no tempo, envergonhada solidão de fidalgo cansado, a barba rala, os olhos afundados, testa enrugada, um leve tremor dos lábios quando as pombas tontas batiam as asas no peitoril da janela e voavam. Para lá. Os relógios quietos de tanta espera eram mudos, encolhidos, assustados pela tempestade que vinha, sentia-se o cheiro dela, viva, as árvores do pomar inquietas, o céu escuro praticamente ausente, e o fildalgo de olhar de viés, temendo a magia das serpentes que não eram a não ser na imaginação delirante, que se estendia para lá dos vidros convenientemente baços pela usura e pela falta dela. Sentou-se ele, à espera dela. Fumava um cigarro. Bebericava um copo de vinho tinto, sabor intermitente, um copo que sugeria um corpo de mulher, prazer adivinhado, palmas das mãos suaves que ele imaginava no corpo dela, se ela viesse e entrasse, ali, o corpo húmido dos cansaços e do que tinha aquietado os relógios e as pombas e tornado os pomares inquietos e as serpentes que obviamente não eram, estilhaços apenas do que ele via através do espelho da sala grande. Estilhaços de um vulto. De um vulto. Um esboço que, pouco-a-pouco se desenhava, coisa estranha, mescla de várias coisas que enrugavam o rosto esculpido do fidalgo que amava as tempestades através dos vidros baços, e só através deles, porque ele nunca saía, não por causa das serpentes - era o abutre e o milhafre e os fantasmas - e ele adormeceu, sentado na velha poltrona e dormia quando ela entrou, mansa, o corpo firme, o olhar doce, odor de pomar inquieto e ele acordou e recolheu-a num abraço e num beijo, sobretudo num beijo, obra que parecia inacabada. Inacabada. Mesmo quando ele desceu dos lábios cheios, do peito, rasto de saliva, os pés. Ela veio.

JM Coutinho Ribeiro

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Ambos gostariam de dizer ao outro... que sim, sabiam. Para além das lágrimas, para além do vazio, para além da Estrada da Eternidade, eles sabiam... que ambos entrelaçariam suas Linhas de Vida, novamente. Em Espirais de Amor, em florestas e vales, cidades e rios, portos e mares, céus e estrelas, galáxias e infinito. E que o espelho de um, seria o olhar apaixonado, devoto, rendido, do outro. Espelho nunca fragmentado, sempre completo, reflexo puro de toques de veludo em cabelos de meninos, que descobrem pela primeira vez, num riso envergonhado e inocente, o sabor dos lábios daquela pessoa de quem gostam tanto. Pelo outro, mundos e templos erigiram, canções criaram, segredos desvendaram, tudo de si ofertaram, lágrimas beijaram, sussurros abraçaram.

Pelo outro, esqueceram sem esquecer. Olharam de esguelha aquele vulto de nome "esperança", com uma inconfessada ânsia.

Por ela, ele desenhou no Tecido do Cosmos, Teias de Luz, ao recordar-se em pormenor de cada um dos fios de cabelo dela. Por ela, ele acendeu estrelas, invocando da sua memória, o brilho da chama do amor, nos olhos dela. Por ela, ele criou esferas-mãe, aludindo à beleza das contas de um colar de pérolas que outrora, numa noite na aurora do Mundo, ela usara para ele, sobre a pele de seus seios desnudos. E os Sopros de Vida que ele ofertou a cada uma dessas esferas, eram recordações de cada uma das inspirações ofegantes do seu amor concretizado, terno e louco, suave e libertador, inocente e pagão.

Ambos gostariam de dizer ao outro, que nunca deixaram de acreditar. Que nunca, realmente, esqueceram o que era sentir o sumo de uma fruta tropical trincada, no húmido do beijo do outro. Que nunca esqueceram o toque do véu de seda da noite nos dedos do outro, percorrendo a sua pele, numa vulnerabilidade deliciosa para além do sabor de todos os manjares. Que nunca esqueceram a fragrância da Natureza num alvorecer primaveril, no cheiro a verde e pétalas da pele dela, a madeira e relva, da dele.

Ambos sabiam do gosto a oásis e tâmaras, a água cristalina em sede interminável, que teria o amarem-se novamente, quando seus corpos se entrelaçassem em amor esfomeado e meigo, como Centelha perene de Vida, em pleno deserto.

Ambos gostariam de dizer que sabiam que o outro viria...

Excelsior

segunda-feira, dezembro 24, 2007

PAZ ! AMOR ! LUZ !

Um 'post' recuperado de 2005... mas sempre actual!
Para todos, os meus votos de um Santo e Feliz Natal!
Ni*





O segredo mais profundo é que a vida não é um processo de descoberta, mas sim um processo de criação...







sexta-feira, dezembro 21, 2007

POEMA DE NATAL...




Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.



Vinícius de Moraes

terça-feira, dezembro 18, 2007

ONDE, O VIOLINO?



Chove...
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.


José Gomes Ferreira



domingo, dezembro 16, 2007

CARTA A UM AMOR FUTURO...

(Cartão de Natal com a minha foto, um presente de um amigo. Obrigada, José Master!)
~*~


Amor,
É Natal. Mais um. E tu ainda não estás na minha vida, meu amor. Mas já ÉS. Porque o Amor acontece muito antes de nós o sabermos. Às vezes, apenas demora nas pontes. Das ruas decoradas com luzes chega-me uma talvez melancolia... que me embala ao ritmo dos imaginados abraços que te daria, se já aqui estivesses. Aconchego o casaco e retiro o frio do peito, onde te agasalho. Sonho que tu, e só tu, me levarás a imaginar comprar-te presentes, repetidos por tantos casais, mas renovados por nós. Aquela caneta (gosto tanto de canetas, amor...), para que assinasses no meu corpo o sim, quero. Ou um relógio onde existissem todos os momentos felizes, para nós. E o enlaço da minha cintura, ternura tua feita gesto, a dizer-me que o AMOR é um país, e é a nossa nacionalidade. Sorrio. Já é Natal, amor. Não demores...
Ni*, in 'Cartas a um Amor Futuro'



( A ternura desta canção emociona-me...)

quinta-feira, dezembro 13, 2007

MOMENTOS FELIZES...






Cansaço. Mais. Exaustão. Vou sempre além do já experimentado e suportado por mim na fadiga. 'Quem corre por gosto...'... eu sei, eu sei.... mas a idade já me faz sentir que o prazer que retiro da profissão se paga caro na fase de avaliações, entrelaçada com cursos (esta ânsia de aprender mais e mais não atenuou com a idade!) e aulas... e... mãe... 100% mãe... e mulher... que se encanta com a facilidade de uma menina pequena... intensa.

Faltam 4 horas para me levantar e ainda não me deitei. Preciso de me mimar antes do sono. Sim, eu sei, no meu caso dormir seria o mimo necessário... mas seguro, deliciada, nas minhas mãos pequenas de dedos esguios e longos, uma chávena enorme de chá. Fi-lo com lucialima, casca de limão e pau de canela. Aromático. Quente. 'Abraçante'. E sorrio. Enquanto mordisco algumas 'areias' (gosto tanto destes bolinhos!)... saboreio a leitura de algumas cartas de Amor. De Fernando Pessoa a Ophelinha ( a quem chamava Nininha, por vezes... sorriso). E algumas cartas a Maria, escritas por Júlio Machado Vaz. Há uma, em particular... a que chamo carta das mãos felizes, que me emociona sempre que a leio...

Maria,
Que chamar a um Deus que deposita o futuro do amor nas mãos esburacadas dos amantes?
Distraído?
Irónico?
Cruel?
...
...
...
Ou invejoso perdulário?
Problema Seu. Minha a sorte de nos termos encontrado com as mãos já cicatrizadas.
Boa noite.
JMVaz, in «O Amor é...»

Sorte, a minha, de abrigar nas mãos livros assim... uma chávena de chá... areias... e de ser embalada por canções como a que partilho... um CD de Natal imperdível... e de... antever o prazer de mergulhar em lençóis frescos e adormecer em paz.
Sorriso.
Boa noite.
Ni*

domingo, dezembro 09, 2007

ÁRVORE DE NATAL ...


Paz
União
Alegrias
Esperanças
Amor.Sucesso
Realizações...Luz
Respeito.Harmonia
Saúde...Solidariedade
Felicidade......Humildade
Confraternização.....Pureza
Amizade...Sabedoria...Perdão
Igualdade..Liberdade..Boa sorte
Sinceridade...Estima...Fraternidade
Equilíbrio.....Dignidade.....Benevolência
Fé....Bondade...Paciência...Gratidão....Força
Tenacidade.....Prosperidade.....Reconhecimento
Amor ao próximo ........... Respeito pelos mais velhos

AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR

VOZES DE NATAL...




E eu gosto...

Das vozes, da presença, do Natal que nos oferecem numa canção...



«CIRCUNDA-TE DE ROSAS, AMA, BEBE E CALA...»



Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
(1)


Ricardo Reis


(1) Link... cliquem e vejam...


____.0O0.____


Esta foi a Ode de Ricardo Reis que coloquei para análise no teste... que agora estou a ler/classificar. E se gosto da Ode... estou deliciada com a análise (sobretudo a de conteúdo) que 'os meus meninos' fizeram. Fim-de-semana só... isolada em casa... com música e uma gata por companhia. E Fernando Pessoa. Ah... e 'os meus meninos todos' (quase 90)... que se derramaram no teste de Literatura. Sorriso.

sábado, dezembro 08, 2007

NATAL



Há 5 anos, o meu filho Filipe (então com 10 anos) escreveu um texto de Natal que me emocionou...

O texto foi impresso e difundido via Cartão de Natal, acedendo a um pedido de um colega e amigo. Hoje partilho-o com vocês...


Frio No Coração


Numa rua de uma cidade grande, um homem andava devagar. Ninguém reparava nele, porque todas as pessoas corriam. Não corriam para abraçar alguém, não corriam para procurar o pássaro escondido na árvore, não!
Corriam , porque já não sabem viver de outra maneira.
Dormem a correr, comem a correr, trabalham a correr, amam a correr, e quanto mais correm menos tempo têm. Nunca chegam a lugar nenhum.
Há muito tempo que deixaram de olhar o sol, há muito tempo que não escutam a música do silêncio. Há muito tempo que não saboreiam um luar. Acham que isso é para poetas. Se assim é, eu quero ser poeta toda a vida!
E numa rua de uma cidade grande, aquele homem caminhava em sentido contrário à multidão. Andava devagar.
Não ía triste, não. Ele sorria.
Tinha dito não à vida de corrida.
Tinha compreendido que um abraço que se merece tem mais valor que carros, casa, roupas caras, festas com direito a reportagem nas revistas.
Aquele homem cansou-se de ter frio no coração.


Nesse dia, descobriu o que significa a palavra NATAL.
Não Andes Totalmente Ausente (da) LUZ.

E vocês?
Sentem frio no coração?
Segurem a minha mão!

Filipe Miguel
10 anos

____*____



Filipe (15 anos), Barcelona, Agosto 2007
(Amo-te, filho...)

quinta-feira, dezembro 06, 2007

AFECTO, AÇÚCAR, LIMÃO E CANELA...

Acabado de sair do forno... espalhando pela casa um aroma quente a limão, canela e afecto!
Venham os amigos!
~*~
(Clicar nas fotos para ampliar)









A PEDIDO DA CINDY:

Receita do 'BOLO DOS QUADRADINHOS' (muito antiga)...

A medida para açúcar e farinha é uma 'caneca', das que usamos para beber leite na infância... (eu ainda uso!)... sorriso... foi assim que aprendi..

Ingredientes:

6 ovos
1 pacote de manteiga (250 gramas) Primor, Ucal... de uma marca a gosto... com sal! (todos os bolos que levam uma pitada de sal... têm melhor sabor!)
1 caneca e meia de açúcar
1 caneca (bem cheia) de farinha tipo Branca de Neve com fermento
raspa do vidrado da casca de um limão grande
1 pacote de natas (na receita original era um copo de leite... mas eu adaptei)

Misturam-se as gemas com o açúcar até ficar uma massa amarelinha. - e boa... logo aqui começo a comer ;) - junta-se a raspa de limão e a manteiga amolecida, mas não totalmente derretida. Bate-se bem a massa, até incorporar a manteiga. Juntam-se as natas (ou o leite... como preferirem). Mexe-se bem. Junta-se a farinha. A seguir as claras em castelo... e envolvem-se na massa, sem bater.


(E NÃO prove esta massa de bolo antes de ir ao forno... o sabor é delicioso e viciante... corre o risco da tentação... e depois o bolo fica pequenino... hehehe... fala a experiência!)


Deita-se a mistura num tabuleiro quadrado, (untado com manteiga e polvilhado com farinha) e vai ao forno previamente aquecido (eu ligo o forno a 180º assim que começo a fazer o bolo). Ao colocar a massa no forno... baixar para 150º. E... esperar 30 minutos.

Quando estiver cozido... polvilha-se com açúcar e canela... e corta-se aos quadradinhos.

Espero que seja do agrado de todos... cá em casa é! Até a gatita gosta! :)

AMANHÃ...



Amanhã

vou abrir a manhã devagarinho

e espantar as aves da noite.

Amanhã

vou escrever melodias azuis

e pintar risos e aromas verdes no meu espelho.

Amanhã

esqueço poemas passados

e digo-te que a minha cor preferida és tu.

Amanhã

visto-me de beijos

e saio à rua celebrando mais um dia.

Amanhã.

Sim, amanhã.


(Numa noite de sono ausente e tão, tão cansada. Nunca entendi o motivo pelo qual digo que estou cansada quando estou triste. Hoje, nem os livros me fazem companhia. Nem a lua. Talvez amanhã...)
Ni*

sábado, dezembro 01, 2007

AMO-TE, DEZEMBRO...







(Fotos tiradas esta noite... recantos de Natal na minha casa)


Dezembro...

Está inaugurado, neste blog, o mais belo mês do ano!

Um abraço para todos...

Ni*




sexta-feira, novembro 30, 2007

«YO TE AMARÉ, AMOR, COMO SI FUERA YO TODOS LOS HOMBRES»




Yo te amaré por todos los hombres que no te han amado,
por todos aquellos que no encontraron tu boca,
por los que no descubrieron en ti a todas las estrellas,
por los que pensaron que eras parte de la bóveda celeste
y no pudieron entender que tú ves el cielo desde arriba.

Yo te amaré por todos los hombres que fueron ciegos,
por los que nunca te vieron y por los que cerraron sus ojos,
por los que ni tan siquiera llegaron a soñarte
y por aquellos que perdieron su libertad en un sueño.

Yo te amaré por todos los hombres solitarios,
por los que jamás supieron que habitabas en esa soledad,
que allí estabas tú,
invisible como la poesía,
como este poema
y como mi vida.

Yo te amaré, amor, como si fuera yo todos los hombres,
como si toda la tierra fuera tuya,
como si creyese en Dios
y sintiendo desde mi alma
que solo existimos tú, yo
y todos los versos que me arrancas.

Rafael Reyes




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Hoje, quando fui espreitar o blog do meu querido amigo MIXTU, emocionei-me... ao deparar com este poema de Rafael Reys...


E se o poema é de uma beleza inquestionável... o 'sentir' que dele emana fez-me... bem. Creio que estava a precisar de ler algo assim, escrito no masculino.

...

E sorrio.


Ni*

quinta-feira, novembro 29, 2007

INTIMIDADE...







LA FOTO




Hazme una de esas fotos que tú haces,
empaña el objetivo, desenfoca
lo justo y mide mal la luz. Ahora
que está cayendo el día no es difícil
salir favorecida. Que los rasgos
se suavicen, que todas las arrugas
del alma y del contorno de los ojos
desaparezcan y que quien mire
piense que puedo merecer la pena.
Y sobre todo, que lo que emocione
de esa foto no sea yo, que salgo
allí, sino tus ojos que lo han hecho


Amalia Bautista






SE PARTIRES, NÃO ME ABRACES...



Se partires, não me abraces – a falésia que se encosta
uma vez ao ombro do mar quer ser barco para sempre
e sonha com viagens na pele salgada das ondas.

Quando me abraças, pulsa nas minhas veias a convulsão
das marés e uma canção desprende-se da espiral dos búzios;
mas o meu sorriso tem o tamanho do medo de te perder,
porque o ar que respiras junto de mim é como um vento
a corrigir a rota do navio. Se partires, não me abraces –

o teu perfume preso à minha roupa é um lento veneno
nos dias sem ninguém – longe de ti, o corpo não faz
senão enumerar as próprias feridas (como a falésia conta
as embarcações perdidas nos gritos do mar); e o rosto
espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.

Se me abraçares, não partas.

Maria do Rosário Pedreira


sábado, novembro 24, 2007

DIME...



"(...)
Dime cuál es el puente que separa
tu vida de la mía,
en qué hora negra, en qué ciudad lluviosa,
en qué mundo sin luz está ese puente
y yo lo cruzaré."


Amalia Bautista

______.0O0.______


"Al cabo, son muy pocas las palabras
que de verdad nos duelen, y muy pocas
las que consiguen alegrar el alma.
Y son también muy pocas las personas
que mueven nuestro corazón, y menos
aún las que lo mueven mucho tiempo.
(...)"


Amalia Bautista
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ADENDA... (não gosto da palavra!)... SORRISO... (Prefiro esta!)...
Comprei hoje (27/11) o livro «O AMOR É...», de Júlio Machado Vaz. Abri-o agora e... na página 11... sorriso enorme... é este poema de Amalia Bautista que surge!
«Ao fim são muito poucas as palavras
que nos doem...»
...
Sorrio... e o sorriso abraça-me... e sinto-me feliz...
Ni*

sábado, novembro 17, 2007

«HOJE EU NÃO ME RECOMENDO...»

Post reeditado... recuperado de Setembro.



Das minhas mãos, hoje, não escorrem palavras.
Hoje não sei de mim.
...


Apercebo, nas minhas impressões digitais, parte de mim inscrita. Mas as letras estão desfocadas. Ou são os meus olhos que cruzaram nomes, Línguas, tempos e trilhos, não sei.

Entreaberta, há uma porta do passado de onde ecoam, cantadas, memórias.

Diz-me, porta, algum dia deixarás de ser uma passagem?

Encolho-me e não sei voltar-me para a frente, onde tudo continua.


Hoje, não sei...




Ni*




segunda-feira, novembro 12, 2007

quarta-feira, novembro 07, 2007

EMOÇÃO PURA...





«...Je t’aime, je t’aime
Comme un fou comme un soldat
Comme une star de cinéma
Je t’aime, je t’aime
Comme un loup comme un roi
Comme un homme que je ne suis pas
Tu vois, je t’aime comme ça...»

domingo, novembro 04, 2007

... PARA O OUTRO LADO DO ESPELHO.


Esta noite... deixa-me ser o embalo fluido, que te leva de ti para o outro lado do espelho.

Ni*

sexta-feira, novembro 02, 2007

'ONE'... uma canção na noite...

(Para ouvir, colocar previamente em pausa o som de fundo a tocar no blog)

quarta-feira, outubro 31, 2007

REGRESSO A CASA



...

Um dia destes... ofereces-me uma palavra embrulhada em papel de seda, da cor da rosa amarela. E eu ofereço-te a minha pele desembrulhada, para que lhe encontres a cor. Seremos UM nesse momento. Simplesmente. Como se ambos tivessemos regressado a casa.
...

segunda-feira, outubro 29, 2007

UM 'MAIL' DE AMOR...


Reparei agora num 'mail' que o meu filho mais novo me enviou há umas horas atrás...

Ele já dorme. E eu, depois deste 'mail' de AMOR... vou dormir também, com um sorriso que me nasceu na alma...


domingo, outubro 28, 2007

NEM EU...

...
Os nossos olhares ancoraram-se, assim que nos reencontrámos... e nós, ainda prisioneiros do impossível, rimo-nos, impavidamente emocionados...

E tu ainda pudeste ciciar-me, numa curva inesperada do tempo dos olhares: «Sabes, eu nunca consegui esquecer-te...»
...
Nem eu.

Nem às manhãs partilhadas... com um rumor de carícias, um latejar de incenso... um amor feito e refeito... uns bagos de uva branca na boca...

Nem eu...

E os meus olhos dançam nos teus dedos, lembrando cada terno toque... abraçam-te em cada palavra, outrora esvaída no gemido e calada pelo beijo... saudosos da queda nos campos de papoilas dos lençóis, das cascatas de abraços, dos desejos acesos, dos caminhos bordados a palavras e certezas, nos poemas entrelaçados de promessas.

Da certeza do "nunca" ser demasiado cedo nem tarde para tanto amor...
E depois...
Tanto pássaro desfeito, tanta sede semeada, tanta incursão no medo...

«Sabes, eu nunca consegui esquecer-te...»

Nem eu, meu amor....
Ni*, in 'Memórias De Um Amor Futuro'

ABRE OS BRAÇOS E VOA COMIGO...



Meu Amor,

Olhei-me numa fotografia amarelecida e revi uma menina, sorrindo, no meio de bonecas, livros, mantinhas de lã e muito amor. Era feliz e não o sabia. Ou talvez soubesse. Só não sabia que vivia num momento que iria desaparecer.

Naquele meu sorriso habitava o desconhecimento dos monstros ocultos em tantos mares por navegar, das despedidas anunciadas, da imensa fragilidade das existências. Ignorava que a vida adulta é, essencialmente, cadeia na qual as intermitências luminosas convivem com incertezas e angústias várias e que nos apegamos à vida, cravando as unhas na nossa própria pele, rompendo joelhos, pés e mãos na caminhada, porque, conscientes das nossas consecutivas finitudes, perseguimos, ébrios de sonho, um simulacro de eternidade.

Meu amor, não temas, não ficarei enredada nos estilhaços da minha memória. Cada momento transportar-me-à para o momento seguinte, fazendo-me esquecer e renascer um pouco. Inspirarei em longos haustos cada estridência solar.

Mas nunca prometerei não olhar para trás, estátua de sal eu seja, se tal for determinado por quem dita o porvir. As minhas lembranças embaciadas, desarrumadas, insurrectas quanto às cronologias lineares são a minha matriz vivencial e quero partilhá-las contigo, meu amor.

Quero ofertar-te a minha infância.

Abre os braços e voa comigo...

...e tudo o que de mim eu sei
a ti, que tua sou, eu dei.
Ni*




sexta-feira, outubro 26, 2007

(CONVITE) LUNAR...



Vem desenhar o meu nome, com a tua língua,
na minha pele tão deserta de palavras...
...


Vens?

...

Ni*

terça-feira, outubro 23, 2007

ARROZ TÃO DOCE...

(Clique sobre a foto para a ampliar)
*
Há semanas que os elogios ao arroz doce, feitos por colegas e alunos, me deixavam na boca aquela vontade de voltar aos sabores dos Natais da infância. Frios, em Lamego, com a lareira feiticeira que enfeitava os cabelos de tonalidades avermelhadas. E de voltar às conversas com a minha avó Rosinha. Quentes, aconchegantes. Doces. Como o arroz.
*
- Um dia vais ser tu a fazer o arroz doce no Natal, Ni. E vais lembrar-te do segredo.
- Segredo, vó? (olhos abertos de encanto, como são os olhos quando temos 5 anos...)
- Sabes porque é que o arroz é doce, Ni?
- Tu meteste açúcar! (Decepção na voz...)
(Olhos azuis brilhantes, sorriso tão meigo... o teu, vó Rosinha.)
- Sim, algum açúcar... mas só é doce porque coloquei também o ingrediente secreto: AMOR. É com ele que se adoça a vida, o coração, as palavras, tudo o que fazemos.
- Vó... então tudo pode ser doce?
- Tudo, Ni.
- Até quando o coração dói? Até o mar? Até quando volto para Lisboa e os teus olhos mudam de cor, ficam cinzentos, e tu mordes o lábio? Até a sopa de espinafres, vó?
- Tudo, Ni.
- A sopa não...

(Clique sobre a foto para a ampliar)
*

Hoje... provei o arroz doce que tanto elogiavam. Tímido. Triste. Numa embalagem de plástico, triste também. A seguir ao jantar... recuperei um pouco da minha infância: fiz arroz... doce. Como a avó Rosinha fazia... num 'ponto' semelhante ao leite creme. E como a D. Rosa, vizinha dos meus pais, na minha infância, me ensinou... 
Garanto-vos... sabe a AMOR. Aos amigos que conhecem o meu refúgio sagrado (a minha casa)... apareçam! Há no ar um odor a limão e canela... e o meu sorriso habitual para vos abraçar. Porque a vida é feita de momentos assim... e é bonita!
E doce...
Ni*

segunda-feira, outubro 22, 2007

AINDA QUE EU TE NEGUE...


O teu nome pulsa na minha memória com a cadência do ritmo do meu respirar. Estás nele. No meu respirar. Estás em cada sentido meu e enfrentas-me em sentido contrário. E eu não baixo o meu olhar. Ainda que te negue. Ainda que negue que me nego. Fecho os olhos, mas tu continuas em mim. Gostaria de saber como esquecer-me da intemporalidade dos teus beijos. Acredita... há coisas que nunca conseguirei aprender. É que tu estás no meu respirar. Ainda que eu o negue...



Ni*

sábado, outubro 20, 2007

PRECE

Nota: devido a uma desconfiguração todos os posts terão que ser reeditados. É algo que farei lentamente... aproveitando também para seleccionar apenas os que mais me espelham no AGORA, ainda que o agora - tantas vezes- remeta para um momento na memória...
*
Ni
PRECE (Post recuperado de 21 de Abril de 2006)



E na Tua presença, que me preenche os vazios,
na água sagrada, corrente na veia dos rios,
eu elevo uma única prece...

Que eu saiba sempre encontrar o trilho até Ti...
Sete Caminhos cruzados,
sete elementos com o TODO partilhados.
Que não retorne ao que já percorri.
Que os meus passos sejam de VIDA.
Que a minha busca ousada seja permitida.

Dá-me a sabedoria de intuir,
da energia deixar fluir.
Luz- SOL- Fogo e Brilho - LUA - Resplendor,
anfitriões da alegria fértil e jamais da dor.
Duas faces do TODO...
UNO
ao encontro predispostos
e nunca opostos.

Conduz o meu pensamento,
como criança confiante,
até ao coração da verdade com que me dou.
EU SOU.

E nos momentos de solidão...
mostra-me que nem sempre um sim
é melhor do que um não.
Que o círculo sagrado se complete e me fortaleça.
Que a força do Universo,
que eu canto em cada música de palavra feita verso,
me toque com a leveza do vento,
a profundidade do mar,
a estabilidade da Terra,
a firmeza da rocha.
Que assim aconteça.

Que assim seja, que assim se faça!
Assim já É.

(...)

Nina





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quinta-feira, outubro 18, 2007

O MEU CORAÇÃO...




O meu coração quebrou-se

Como um bocado de vidro

Quis viver e enganou-se...

.




Fernando Pessoa

quinta-feira, outubro 11, 2007

quarta-feira, outubro 10, 2007

«MESMO...»


Foto minha - Valladolid (Agosto 2007)

- Clique sobre a foto para a ampliar -




«Gosto mesmo de ti...». E o sorriso adivinhado, o teu, ao brincares com as minhas palavras, como quem me acaricia o cabelo, a nuca, me beija o pescoço, me morde o lábio ou me conta sobre as espirais do tempo que vê nos meus olhos... «Mesmo, mesmo?». Sei que me sabes até nos silêncios e para além desta minha inabilidade em dizer-te o quanto gosto de ti. «Mesmo...». Como a minha voz de menina, que se torna rouca quando te confessa fantasias desejadas no teu corpo e na tua alma. Em intenso espelho. Em silêncios. Em gemidos. Em nomes que nos inventamos. Em pedidos sussurrados. Em confissões doces quando me despes à pressa. Entre nós há momentos em que a música é a maior verdade. E somos nós que a fazemos. Até ao momento em que a música se torna poema, quando me espraio sobre o teu peito e me curo de todas as dores encastradas no meu...


Ni*, in 'Memórias de um Amor Futuro' (excerto)

segunda-feira, outubro 08, 2007

AMANTES DA LUA


Hoje...
Quero sentir nos poros
o abraço de vento dos teus olhos.
Tu, sede da seda do meu ventre.
Eu, acetinadamente nua no horizonte do teu corpo.
Nós, arrepio.

...

A madrugada...
ancorada na eternidade do momento.
Em viagem adiada...
Adiada...
Adiada...
...enquanto uma música inaudível se solta,
em espiral,
quando tocas os meus seios.

...

Hoje...
Quero-te.
Febril.
Uivante.
Em mim.
Como só os amantes da lua sabem...

Ni*




Uma belíssima recriação de Célio Soares:

"Hoje...
Quero sentir nos poros
A madrugada...
Adiada...
Adiada...
Hoje...
o abraço de vento dos teus olhos.
Em viagem adiada...

...

Eu, acetinadamente nua no horizonte do teu corpo.
...enquanto uma música
ancorada na eternidade do momento.

...

Tu, sede da seda do meu ventre.
quando tocas os meus seios
Febril.
Uivante.
Em mim.
inaudível se solta,
em espiral,

...

Quero-te.
Como só os amantes da lua sabem...
Nós, arrepio".


Célio Soares

sábado, outubro 06, 2007

RECADO II



Tenho ternuras escondidas nos dedos.
Tenho anjos que espreitam através dos meus olhos.
Tenho sorrisos que não se apagarão,
nem por ti...


Porque já não me importo,
amor,
que não sejas o meu amor.
Porque já não me importo,
amor,
que o vento não me abrace com o teu nome.

...

Renasci.
Sem ti.


Ni*