quinta-feira, outubro 02, 2014

DEBAIXO DOS MEUS SILÊNCIOS...




Há quem escreva pela arte, pela linguagem que lhes nasce da genialidade (a minha escorre-me dos dedos), pela literatura. Esses, sim, são os escritores, os poetas. Eu só escrevo para acariciar. As palavras, uma memória, a mim mesma. E porque eu tinha que encontrar um modo de alongar os braços. E anular distâncias. E encontrar os pássaros sem medo de ir. Há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez). Há quem escreva grandes textos, grandes 'posts', grandes obras. Eu só escrevo bilhetinhos, onde as vírgulas são os meus olhos, e a seguir escondo-os, com todo o cuidado, debaixo dos meus silêncios. Por isso ninguém me lê...

*

11 comentários:

Maria disse...

Dos bilhetinhos que escondes nada sei. Mas do que aqui nos deixas leio, sim. Gosto da escrita como 'modo de alongar os braços'...

Um abraço, Ni.

Ritz M disse...

Timidez? Uma palavra que dificilmente atribuiria a si!


E claro que é uma escritora! Um dia ainda hei-de entrar numa FNAC e deparar-me com o seu best-seller eheh :D

Carlos disse...

Apesar de tudo, há quem leia! :)

Beijinho

Ni disse...

MARIA, RITZ E CARLOS...

Três pessoas tão diferentes e de quem gosto tanto!
Por vezes gostaria de poder desenhar o que sinto... torná-lo cor forte e única, para que melhor soubessem como o meu sentir é verdadeiro, intenso... vivo... LUZ!

Para vocês.... o meu abraço sem pressa, sem tempo... porque o gostar não obedece a limitações de tempo e espaço.

Ni

Anónimo disse...

Que bom ! voltaste.
Os bilhetinhos mesmo que não tenham sido escritos ... é muito bom imagilalos. És tão delicada como "dizer palavras em voz baixa dentro de um envelope fechado"
Um beijo
João Miguel

Cirse disse...

Nina querida,algumas vezes o silencio e a unica chave que podera nos abrir,sendo assim,palavras nem sempre serao necessarias...

Abraços de luz pra ti!

Cirse.

Alberto Campos disse...

Já aqui não vinha´há tempos. Fruto de desencontros internos a que chamamos preguiça. Regressei (nunca parti definitivamente, vou partindo a espaços...). Bonito relerer os teus bilhetes que deixas debaixo das portas da noss existencia...

Anónimo disse...

Olá.
Já cá tinha vindo ler antes sem no entanto deixar comentários. Tens um blogue muito rico, muito pessoal e nesse contexto por vezes sinto pudor em interferir.
Faço-o agora para te dizer que te leio. E que gosto de o fazer. Saudações.

Anónimo disse...

Todos nós a lemos e eu gosto muito e gostava de a conhecer porque acho que poderíamos ser boas amigas.
Um beijinho
Teresa

Ni disse...

JOÃO, CIRSE, ANDRÉ,ALBERTO, TERESA...

Agradeço-vos a 'palavra' (a palavra é mágica, criadora de reais afectos...)aqui escrita, a vossa impressão digital deixada neste meu recanto... espelho de mim... das águas (ora calmas, ora inconformadas)da minha travessia por esta vida. Para mim nem uma só palavra é em vão. Obrigada!!!!

(E sim, Teresa, creio não só que poderemos ser amigas, como já o somos... porque quando lemos o sentir de alguém e gostamos... o elo acontece, o laço... faz-se. Não um nó que aperta, mas um laço que liberta. Sorriso)

Carinho e o meu abraço de vento...

Ni*

Anónimo disse...

Obrigada Ni.
Um beijinho
Teresa