terça-feira, novembro 23, 2010

EM GEMIDOS DE PORTAS BRANCAS E TRANSLÚCIDAS CORTINAS...

(Post recuperado, roubado ao tempo...)

(Fotos de MARTYNAS MILKEVICIUS)


E tudo é tão real como as brumas que abraçam este meu rio de memórias. Como o teu corpo quente, aproximando-se de mim... devagar. Como o teu olhar distraído, que me despe na rua sem pudor. Como a força dos teus braços que me atiram para a cama. Como a tua voz rouca que me confessa fantasias gozadas no meu corpo e na minha alma. Como a forma doce como me despes à pressa. Como os nomes com que me nomeias, à bruta. Como as horas longas e brancas em que nos gozamos. Em silêncio, em gemidos de portas fechadas e translúcidas cortinas. Ao espelho, no brilho dos olhares negros e intensos. Nas gargalhadas da cumplicidade do jogo.
E o que existe nos momentos em que falamos o silêncio e a música dos corpos é a única verdade.
...
Até ao momento exacto em que a verdade se torna poema.
Por ti, meu amor. Por ti.

Ni*, in 'Cartas a um amor futuro'

2 comentários:

Anónimo disse...

:)))))))))))))))))))))

Anónimo disse...

Os teus versos fazem sonhar o melhor da vida vivida com amor.
Um enorme beijo minha querida Ni*
pelo prazer da leitura.
João Miguel