Não tenhas medo de voltar a acreditar. Tristes são os fins, nunca os inícios. O Amor, não o temas. Ele é espada afiada, mas não contra ti. Pousa a tua mão, devagar, sobre o respirar da noite e sente, no silêncio entre ecos de luas azuis, os nomes que te desenham as memórias: um poema, uma canção, uma cidade, um rio, uma cor, um mês, um abraço. Nomes. Em ti. Como uma rede de veias nas ruas do teu corpo. A vida nunca foi só inverno, lembras-te? Nunca foi só bruma e desamparo. Se bem que chova ainda, não te importes, não tenhas medo. Ousa. É a tempestade que faz ruir os muros. Deixa o teu coração ser solo sagrado para um amor-perfeito. Como um poema açucarado bebido num beijo. Hão-de pedir-to quando chegar o tempo das cerejas. Ou antes. Não tenhas medo de voltar a acreditar... e sopra-me ao ouvido o que responderias se te dissesse 'Eu acredito...', com a certeza dos veleiros que levam os sonhos para o mar.
*
Ni*, in Cartas a um Amor Futuro
22 comentários:
Olá!!
Quem é você que fala à minh´alma sem olhar nos meus olhos?
Por que você tocou meu coração sem pedir licença?
Adorei o seu blog e continuarei a acompanha-lo, como se acompanhasse a você, sem saber onde chegar...
Parabéns.
www.profmarcoalexandre.blogspot.com
profmarcoalexandre@yahoo.com.br
...
*sorriso rasgado, no rosto, no coração e na essência!*
...
Não tenhas medo de ter medo. O medo é natural. É respeito, pelo que se viveu. Só não faças dele teu senhor. Ele é aviso, é memória. Mas não tem de ser trela, grilhão. É natural. Apenas e tão só. O Amor é medo e palpitação. E o medo é como sal do mar que tempera a Vida, a emoção. Que dá gosto, à palavra "ousar"! É carícia húmida, qual gota azul fresca, que arrepia e desperta. Pele fora. Soltando os aromas femininos que em ti sempre viveram. Realçando o olhar que sempre será sedução. Veste-te de cabelos e deixa a flor tornar-se jardim. Num toque de dedos e de Lua. E dança. Dança, como um Elfo da floresta. Numa cidade de rios, canais, e sonhos.
O gotejar da água acompanha o embalar da noite que precede a alvorada de todos os sonhos. Na Eterna Primavera de todos os encantos. Que nunca deixaram de ser, em ti.
...E num sussurro, responderia palavras que não têm tradução. Que seriam ditas em línguas mortas no tempo antes do tempo. Num juramento sagrado tecido do mais puro Amor.
Dir-te-ia... que sou teu. Em Felicidade imortal. No pleno da minha Liberdade.
Sou teu.
...
(...Escreves...)
(...tão...)
(...bem!)
(A tua escrita vicia...) :)
*
23-01-2009 2:12
Como seria esta carta escrita a um amor presente?
Um beijinho
Teresa
"Eu acredito...", e acredito que me enche o coração de ternura como não sentira possível nesta vida,ler esta pessoa pela sua escrita.
Será que existe uma Ni* como eu acredito ?
Um beijo muito terno
João Miguel
A vida nunca foi só Inverno lembras-te?
Que reconfortante !
João Miguel
Lindo...
MARCO:
«Quem é você que fala à minh´alma sem olhar nos meus olhos?»
Haverá pergunta mais difícil?
Eu sou aquela que não se diz num nome, mas num sentir... e que olha sempre olhos nos olhos quando fala com alguém...
Sorriso.
Por que você tocou meu coração sem pedir licença?
- Ahhh... este modo doce de 'falar' no Brasil encanta-me... :) -
Porque passos de luz te trouxeram até aqui... onde não se pede licença para entrar e onde os corações se reconhecem nos espelhos de certas palavras...
Bem Vindo ao momentUS!
EXCELSIOR:
Tu andas inspiradíssimo... deixas este texto belíssimo como comentário, e eu é que escrevo bem?
:)
TERESA:
Grande pergunta!
...
Talvez fosse quase igual... só o tempo é que mudaria, para o agora.
E começaria com uma fórmula rara:
«Meu Amor...»
Sorriso.
Mas escrever «Cartas a um Amor Presente» seria ainda mais ficção do que «Cartas a um Amor Futuro...», onde me permito escrever tudo...
Beijinho
JOÃO MIGUEL:
Sempre gentil!
É um simples texto... um momento... escrito fora-de-minutos... porque o tempo não importa quando se trata de tentar contar paisagens-miragens-de-afectos através de palavras...
«Será que existe uma Ni* como eu acredito ?»
Não sei como é essa 'Ni*'... sorriso... sei apenas que este blog é uma janela (in)discreta para a minha essência... (o que é um risco, uma vez que mostro nome, rosto... e alma.)
...
CARLA:
Obrigada... :)
Então qual é o risco ?
Qual é o risco para quem vê e para quem é visto, quando se vêm coisas bonitas, mesmo quando não as vemos com os olhos !
João Miguel
:)
ESPAVO! - como em MU
"reconhecendo a Luz que há em TI"
Acredito nos passos dados nos sagrados bosques de antanho.
O amor proclamado com as vestes de vestal embranquecidas na pureza da alma.
Acredito sim!
Acredito porque na essencia do sangue em fervilhão, me consumo e renasço naqueles mesmos campos campos onde fomos, fada e elfo por bardos consagrados.
Nas tuas palavras encontro o reflexo!
Neste texto...há uma palavra mágica, na qual acredito...suspiro e, até amo ao mais infinito sabor...
Sabes qual é?
Já falámos dela(s)...com lábios açucarados de desejo...
Vou tentar descansar...estou "falido" de sono, mas levo o teu texto para adormecer..."com a certeza dos veleiros que levam os sonhos para o mar".
Beijinho doce
Ni:
Ao homem que amo, trato-o sempre por meu amor e de cada vez que pronuncio a "fórmula rara" sinto o quanto o amo - coração, corpo, pele.
Um beijinho
Teresa
P.S. - Espero que o filho esteja totalmente recuperado.
"...os nomes que te desenham as memórias: um poema, uma canção, uma cidade, um rio, uma cor, um mês, um abraço. Nomes. Em ti. Como uma rede de veias nas ruas do teu corpo."
Estupendo! Como todo o texto. Não é só a sensibilidade presente. É o notar-se uma pessoa que viveu: invernos e primaveras.
Não tenha medo de recomeçar a acreditar. Recomeça por acreditares em ti.
"... com a certeza dos veleiros que levam os sonhos para o mar."
Belo demais, ... como se algo pudesse ser belo demais...!
Que posso humildemente dizer? Apenas LINDO!!!
"Como uma rede de veias nas ruas do teu corpo. A vida nunca foi só inverno, lembras-te? "
No mapa do teu sentir, não são ruas, nem cidades, nem mundos...
São Universos. Completos.
Que vento carrega esta carta até o amanhã?
Ni*
Muito trabalho ?
Saúde ?
Sinto falta de uma carta !
Um beijo
João Miguel
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