quinta-feira, setembro 27, 2007

«À VELOCIDADE DA MINHA SOLIDÃO»


(Foto: Luís Lobo Henriques)

«(...) amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso
estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo
hoje, vou correr à velocidade da minha solidão.»

Al Berto



Tenho o olhar escondido nas mãos
que cheiram a ilhas desertas de ti.
...
As aves traçam rumos de ida
e a tua voz vai com elas.
E tu segues a tua voz.
...
Tenho medo que não regresses do invisível.
Tenho medo de (te) pensar
«à velocidade da minha solidão.»
...
Ni*


(... já que falaste em 'Medo', Cleo... Tenho medo do medo.)

5 comentários:

Mac Adame disse...

A beleza das palavras já não surpreende, pois está sempre presente. E a fotografia não foi tirada, foi pintada. Eu é que já não tenho palavras. Nem para agradecer as tuas.

Urgência de viver ! disse...

Ni..eu tenho medo e este medo anda por fora do meu coração
tenho medo em que chegue a hora em que eu precise entrar no aviação e medo de abrir a porta que vai dar no sertão da minha solidão...medo medo medo !

Lindo texto, acho que encontrei palavras que tanto buscava. Saúde e Paz !

Cleopatra disse...

Todos temos medos, muitos têm medo de ter medo...Será que o medo existe?
Escolhi este poema de medo para a caneta de ouro.

Anónimo disse...

Tenho o rosto escondido nas mãos
A alma perdida no peito!
Chora o meu coração
Com a tua ausência, está desfeito!

Tenho medo, medo, que não passe este medo...!

Rui Gonçalves disse...

Já não tenho medo de nada, excepto de mim.