«(...) amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso
estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo
hoje, vou correr à velocidade da minha solidão.»
Al Berto
Tenho o olhar escondido nas mãos
que cheiram a ilhas desertas de ti.
...
As aves traçam rumos de ida
e a tua voz vai com elas.
E tu segues a tua voz.
...
Tenho medo que não regresses do invisível.
Tenho medo de (te) pensar
«à velocidade da minha solidão.»
...
Ni*
(... já que falaste em 'Medo', Cleo... Tenho medo do medo.)
5 comentários:
A beleza das palavras já não surpreende, pois está sempre presente. E a fotografia não foi tirada, foi pintada. Eu é que já não tenho palavras. Nem para agradecer as tuas.
Ni..eu tenho medo e este medo anda por fora do meu coração
tenho medo em que chegue a hora em que eu precise entrar no aviação e medo de abrir a porta que vai dar no sertão da minha solidão...medo medo medo !
Lindo texto, acho que encontrei palavras que tanto buscava. Saúde e Paz !
Todos temos medos, muitos têm medo de ter medo...Será que o medo existe?
Escolhi este poema de medo para a caneta de ouro.
Tenho o rosto escondido nas mãos
A alma perdida no peito!
Chora o meu coração
Com a tua ausência, está desfeito!
Tenho medo, medo, que não passe este medo...!
Já não tenho medo de nada, excepto de mim.
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