"Dividi a minha vida em partes
Construí muros altos
Paredes grossas
Selei hermeticamente portas
Para me dividir
Separar em partes
Ser só
Lembrar só
Aquilo que queria ser.
Mas a força que habita
Esses quartos
Hermeticamente fechados
Minou paredes
Construiu túneis
Invadiu os outros quartos
Que selei, para proteger.
E murmura-me ao ouvido
Ri do meu esforço inútil
E relembra-me a cada instante
Que a memória não se fecha
Não há forma de a apagar
Não há onde me esconder. "
Construí muros altos
Paredes grossas
Selei hermeticamente portas
Para me dividir
Separar em partes
Ser só
Lembrar só
Aquilo que queria ser.
Mas a força que habita
Esses quartos
Hermeticamente fechados
Minou paredes
Construiu túneis
Invadiu os outros quartos
Que selei, para proteger.
E murmura-me ao ouvido
Ri do meu esforço inútil
E relembra-me a cada instante
Que a memória não se fecha
Não há forma de a apagar
Não há onde me esconder. "
E.
...
Uma mulher. Escreve assim. Como quem, de repente, desvenda todas as mulheres que colocaram em gavetinhas (ainda que forradas a papel de seda e aromatizadas por flores secas, mas nunca mortas) as memórias da verdade do que são.
...
Esforço inútil, tens razão.
Nós somos a nossa memória.
6 comentários:
...*sorrindo tanto*...
...E aqui, deste lado, sem nada forçar, sem nada criar desarmonias, eu olho para ti, num sentimento de alegria e Paz...
...e os meus olhos são sorrir, deste Sol que rasga o céu azul, sem magoar...
...transmitindo um sentir de serenidade intemporal que faz o coração bater um pouco mais rápido...
...num olhar brilhante de quem Sabe, com uma limpidez ingénua, firme num conhecimento... de uma certa natural "soma algébrica"...
...
Excelsior... sentindo-se um pouco mais Jovem, jovem como no Começo do Mundo... outra vez.*
S*
É bem verdade! As memórias são gravadas a ferro e fogo! Não há como nos separar delas....
Não podemos fugir de nós próprios do que somos e fomos e do que construímos. E o pior é que há um tempo para tudo e, nós perdemos esse tempo pensando que ele não viria.
A memória não se fecha
Alastra-me a alma constantemente
Bem queria bater a porta
Voltar o rosto
Seguir em frente
Trancafiar a memória
Fazê-la sofrer de Alzheimer
( Deus tenha piedade de mim!)
Mas a memória não se fecha
E abre-se
Espraia-se
Inunda-me os olhos
Os pensamentos
O acordar da manhã
O ultimo pensamento da noite
A memória ...
É lixada!
É como diz a Cleopatra: - A memória é lixada.
A memória é lixada meu amor
É lixado não te ter
Não te ver
Não te saber
É lixado querer e fugir
Não saber o que quwro
O que queres
É lixado amar.
CLEOPATRA E PECADOR QUE SE CONFESSA:
Há aqui mais pessoas a quem quero responder, MAS... vocês os dois...
Vocês são... lixados!
Cleo... a memória é... igual à essência da pessoa que tem! Ok... eu sei, estou a chamar-te 'lixada' pela 2ª vez e ainda me dizes uma daquelas fortes... suavemente. Sorriso.
Se te consola... concordo com o que escreveste. Sorriso aberto. Como se eu mesma o tivesse escrito... MAS - para que não haja confusões! - não fui.
Muito belo, verdadeiro e forte o modo como escreveste Cleo...
É bom saber-te aí.... e sentir que me entendes.
PECADOR QUE...
«É lixado querer e fugir
Não saber o que quwro»
...
Não tenhas dúvidas!
É mesmo!
Deixa qualquer uma lixada... e quando não é 'qualquer uma', mas 'UMA' especial... ui!
E depois dizes que é lixado não a teres e que é lixado amar!
Ai Deusas da paciência! (onde é que já li isto?)...
Lê melhor o que diz a Cleo, lê.
Sorrio.
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