sábado, setembro 15, 2007

MADRUGADA


...

E, de repente, todas as aves suspendem o voo. São leves, os teus dedos, quando se espraiam na seda e na espuma do meu ventre. Os meus olhos, calados, aceitam a fluidez de palavras retidas nos teus. Como se reconhecessem, de um momento etéreo, onde o tempo não é tripartido, todos os silêncios que necessitas de me contar. E a madrugada, acetinadamente, trocou o vazio pelo saber, como quem anuncia ao dia nascente que os amantes não têm horas, porque todas lhes pertencem...
...
Ni*

4 comentários:

Bichinho disse...

São leves.....................
Tão puros estao esses sentires.....
Beijo....com tanto para dizer.

José Manuel Dias disse...

...momentos sublimes...pq únicos ...

SILÊNCIO CULPADO disse...

Para sentir assim é preciso desprendermo-nos das coisas medíocres e triviais e elevarmo-nos num voo sem precedentes.
Belo.

LUA DE LOBOS disse...

No teu sorriso...

Como eu gosto do teu sorriso.
Há quantas Luas
eu não o vejo...
Sai do teu casulo.Enfrenta a Vida
que escolheste.Ergue-te do Caosem que tedeixastemergulhare aparece-me.Ameio da noite,
diluido na penumbra cúmplice
da solidão acompanhada.
Aparece-me.
Ao entardecer
num café barulhento
de uma qualquer cidade.
De um qualquer continente.
De um qualquer mundo.
De uma qualquer dimensão.
Não interessa.
Basta que me olhes
e franzas os olhos escuros
nesse sorriso.
O teu sorriso.


maria de são pedro