O abraço deles enciumou de espanto as luas, na eternidade daquele momento que sabiam roubado à corrente dos dias. E o tempo era uma data sem números... e o espaço era uma pátria só deles, cujo nome era feito de palavras renovadas e puras, emudecidas de prazer...
Ela deixou fluir da voz a lágrima engolida, embalada pela aragem quase quente de muitas vontades reaprendidas, num regresso a um sentir que continha vidas e mares, desertos e violinos, gôndolas e frutos maduros. E sonhos. Muitos. E murmurou-lhe '-Não vás...', como quem lhe desenha na palma das mãos o destino fugidio que estava ali... à distância do ficar...
Ni*
7 comentários:
A beleza destas palavras, também me enciumam... não tenho a veleidade de medir o alcance de tão profunda reflexão, mas sinto o seu conteúdo e a sua mensagem.
No meio de sibilinas lágrimas, há sonhos belos, únicos, "muitos"...
E nesses sonhos´tudo é possível, até dizer "Não vás..." ou se preferirmos - "Fica..." , quando se tem as mãos vazias de nada e a alma cheia de vontades amortalhadas.
Belo texto, minha cara Ni...como sempre.
"À distância do ficar"
bonita frase
;)
Um abraço, um desenho, uma lágrima engolida...
Como se o momento fosse apenas um murmúrio...
...porque os teus Momentus são sempre especiais, deixei um prémio para ti no meu blog. Um bjo
ALI:...À distancia do ficar.
É enorme essa distancia Ni...qdo não se quer ficar é uma distancia enorme.
"...Não vás...', como quem lhe desenha na palma das mãos o destino fugidio que estava ali... à distância do ficar..."
Já o disse, já o pensei e já o senti.
E o tempo era uma data sem números... e o espaço era uma pátria só deles,
E ele foi..............
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