Quanto mais próximo se fica do amor, mais necessário se torna conhecer quem nos mostrou esse território de espanto.
O deslumbramento, a luz intensa e fulminante gerada pela atracção de almas e de corpos (fases por esta ordem), embotam ou retardam a chegada do lado negro de cada um a essa nova dimensão recém criada.
A contribuição "generosa" de vícios e de marcas, de insuficiências e de excessos é condição necessária (mas obviamente não suficiente - uma relação amorosa não é uma terapia, embora possa e deva ser regeneradora) ao evoluir da paixão para uma relação amorosa de sentido pleno e total, de encontro e de partilha.
A entrega não é apenas do brilho, mas das pequenas/grandes trevas que nos habitam.
Alcançar o elo seguinte da espiral pode então ser duro, difícil de enfrentar, mas é útil e tão imprescindível como qualquer dor de crescimento - o esqueleto só atingirá a sua fase adulta por meio de saltos, e, numa relação a dois, essas mudanças não representam apenas alterações quantitativas, mas também qualitativas: (re)qualificam a relação, dão a maior contribuição possível para a pertença - mostram cada um com o seu wild side, o tal 'lado lunar' eufemístico, e expõem-no ao olhar do outro.
Se esse olhar mantiver a luz, era mesmo amor.
2 comentários:
Concordo.
Mas há que entenda que para ser mesmo amor, tem de existir sempre u clima de deslumbraento permanente no sentido de existir sempre um lado solar.
É perante o lano lunar que descobrimos se o brilho do olahr se mantem.
Se se mantiver... era mesmo amor.
Puxa!!
Tanto erro supra!!!
Devia ser manhã de madrugada!... A hora em que ainda penso que durmo mas já estou acordada...
Devias permitir um apagão nessa comentário meu!...
Que vergonha!
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