'O que mais deixei para trás, em cada viagem que fiz, foram os amigos que não voltei a ver. (...)
Disse-me uma vez, numa dessas constrangentes despedidas, um amigo sarahui: - Os que não morrem, encontram-se.
Mas aprendi que não era verdade, infelizmente. Quando muito, poderia talvez acreditar que os que se encontraram nunca mais morrem na nossa memória.
Mesmo que apareçam tão-somente assim, esporadicamente, do fundo de uma gaveta, onde vive arquivada, a luz dos dias felizes.'
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Miguel Sousa Tavares, in Sul Viagens