Nina
..::..
Talvez eu te ame outra vez...
Talvez não é não, não é sim...
é ferida ainda viva dentro de mim!
Mas, agora, ao meu coração, não peço uma decisão...
Estou assim!
Prisioneira de mim...
Dorida, por um véu de distância protegida.
Recolhi os pensamentos insanos que eram só por ti.
Virei o rosto ao poema nascente,
olhei a solidão de frente... e segui.
...
Os nossos passos estão em descompasso...
e é ausente o abraço.
Os meus braços, caídos,
perderam o formato do enlaço do teu corpo...
A alegria escorreu de mim...
Como pássaro em terra , porque se esqueceu que tem asas.
Sei, sei que não podia ser ainda o fim...
Sei, sim...
Mas reencontramo-nos no talvez.
Encruzilhada, por memórias de glórias habitada,
onde cabe o tudo e o nada.
...
Timidamente, desenho o teu nome na minha boca...
Sem som, sem o calor da minha voz rouca...
Sem entrega nem fuga...
Sem mão que se estende ou que se esconde...
Sem saber quem e o que somos... e onde...
As palavras envolventes, irrequietas, ágeis, juras secretas...
Rasgaram-se em letras isoladas,
em sentidos sem sentido...
Nada...
Talvez...
Tu me mostres que estou errada!
E talvez eu te ame outra vez pela primeira vez...
...
Até lá, dobro as emoções e guardo-as no olhar.
No fundo do meu mundo, onde ainda nenhum mar chegou.
Secretamente.
E agora vou...
..::..
Ni*
21 comentários:
Adorei este teu poema,
li, reli (a música foi “feita” para ele),
muito bonito, assim atrevo-me a dizer que “gosto” de poesia.
“Como pássaro em terra , porque se esqueceu que tem asas.”
“No fundo do meu mundo, onde ainda nenhum mar chegou.”
E muito obrigado por seres quem és e partilhares estes teus versos no universo da Blogo e muito me agrada que os colegas de língua castelhana (Penúrias, Adriana e acabei de ler o meu amigo Rafa no post anterior sobre saudade… palavra gallega emprestada ao português) estejam a descobrir este teu espaço,
Muito obrigado
O que dizer?
Que eu pelo contrário ando ao compasso das tuas palavras.
Perco-me nos contextos dos teus textos…
As mensagens que deixas ferem-nos por dentro,
Quase sinto o que sentes, o que queres sentir…
Não deixes o fim cair, na incerteza do talvez.
Fico corroído com a tua força…
Com a tua acutilância nos pormenores,
Como o desenho que fizeste…
Será que ouve a música? Mesmo de forma secreta…
Espero que sim…
O beijo
Ni*, Linda!
Secretamente, talvez...
Primeira vez, outra vez...
Tavez...
Esse pássaro voltará a voar, o esquecimento desaparecerá, asas em terra, não.
Secretamente, talvez... errada.
~*Um beijo*~
belo poema. gostei de ler
..talvez....
jocas maradas
Ni,
"A alegria escorreu de mim", Constatação dorida de um pássaro ferido,
Nos cruzados "descomPASSOS".
Mas voltará a ver brilhar o sol,
Para lá da cortina que se esvai com o vento.
Algo se revela,
Na corrente do pensamento,
Rejuvenescida alegria.
Asas reconhecidas,
No horizonte se elevam,
Das Memórias se libertando,
Impondo-se,
Caravela de Sonho,
Rumo ao possível.
Bjs
Apiur
É um momentUs que eu estou a passar!
Lindo e profundo. Tocou bem!
Beijinhos,
É um momentUs que eu estou a passar!
Lindo e profundo. Tocou bem!
Beijinhos,
muito bem escrito.. profundo.
kiss
...Ni*...
muito lindo, o próprio chorinho no Brasil....
Um beijo linda.... seu amigo
Olá, vim aqui vindo dali (Joana)...
Não podia ir sem te deixar umas palavras.
Esta letra é linda e a melodia toca-me muito, já a tive no meu blog, mas não cansa ouvir, parece sempre que é a 1ª vez que se ouve.
Vá, vou embora, um beijo e quem sabe até outro momento...
Secretamente amiga,
...sem olhar, sem tocar, sem falar ou sentir,
...porque nesses momentUS nada nos faz parar e trocar o a noite pelo dia, ou a chuva pela sol.
...secretamente fico a ler-te,
talvez a ouvir-te também,
porque tens o dom de "mexer" com todos os meus sentidos!
Beijinho grande e obrigada pela dádiva!
Continuação de bom domingo...
(perdo ser aqui) mas antes tivesse o mar, pois não tinha dai a minha indignação.
beijinhos
Um texto muito intenso!
A musica é linda =)
Beijinho doce*
.....as coisas secretas, têm vontade de o deixar de ser, empurram-nos, obrigam-nos a revelá-las, pelo meio que a timidez é menos capaz devencer, a escrita....
Beijinho
Olá Ni
"Secretamente" - peguei nas tuas letras - e construi uma canoa - e deslizei neste rio - manso - mas sábio - que sabe que torrente abraça à chegada...
É lindíssimo o teu poema :)
Beijinhos
o melhor do amor é o talvez. É saber tê-lo sempre novo, arriscar-se a perder, a sentir falta, a morrer de saudade.
o melhor do amor é não tê-lo em definitivo, saber que enfim não nos pertence feito posse, visto ser sentimento e dele ninguém ser dono.
Tenho gostado do que escreves, mas a intensidade é outra, algo te move de maneira diferente. Mas sempre belos os teus textos.
Um Beijo!
Quando o assunto é sério (como este belo poema) fico sem palavras. Pensei durante 10 minutos... e nada! E chega, senão sai parvoíce (característica inata). Desculpa enfrentar-te, mas... grande és tu. Beijinhos (se permitidos).
Ni,
Deslumbrado pelo poema que no espaço de dois horizontes me ofereces,
Duras réplicas me provocas, em terramoto ao vivo,
(Mas preambulando, tens k me desculpar ter lido tuas pérolas doces de águas vorazes,
De modo tão sôfrego, tal a beleza das imagens desenhadas pelas tuas mãos delicadas),
As tuas palavras emudecem a minha escrita,
E sem querer,
Volto ao tema de(o) fundo dos teus "posts" crescidos,
E ao ritmo dos meus "posts" sugeridos,
O Amor não se importa com as estações, com as marés ou com os estados de almas difusas,
O Amor não adormece?
Mas sonambula qual apagão de viçosa urbe,
(Quem não viu já o Amor a bocejar, desgraça que não vai só?)
O Amor se o é, E então Existe,
Está desperto, caminha por entre abelhas com colares de bem-me-queres,
Mas, e se não? Se se deixa inundar por ondas matreiras?
Então,
Devaneia por entre rios de fumo algodoado,
Entre nuvens de afectos,
Transcritos de belas falas de amores impossíveis,
Conversas inacabadas e tantas vezes não começadas,
De suspiros inaudíveis,
Alvoroçadas madrugadas em insonorizações do sono,
Dolorosos choques que as civilizações não entenderiam na corrida dos tempos,
De lembranças perdidas nas gavetinhas da memória, (invejosa contradição),
O Amor não deixa entrar a primeira carruagem de uma corrente de ar,
Que teima em rumar ao deserto do volume,
Ao interior dessa superfície traçada na vertigem da vontade.
O Amor afinal é tão simples…
(...se quisermos...)
bjs
Apiur
Ni*, Linda!
E agora vim...
Chegou-me o teu Secretamente em forma de silêncio.
Hoje... Secretamente descobres...
Talvez errada, de novo, Ni*, Linda!
Há momentus assim!...
Linda Ni* uma noite sem momentos de tristeza
Um sorriso
~*Um beijo*~
Ni
Este tema da Rita Guerra marca uma data tristemente assinalada...assim como partes da letra. Durante um tempo não pude ouvir a musica. Ainda hoje me esta a custar, por isso demorei-me, pouco, nem disfrutei das palavras que escreveste.
Um bom dia para ti, obrigada pelas palavras carinhos que "la" tens deixado.
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