quinta-feira, maio 15, 2025

LEVA-ME... (LEVAS?)


Leva-me,

por entre as luas,
por entre os veleiros,
por entre as palavras,
por entre os azuis,
por entre os silêncios,
por entre as transparências,
por entre as certezas,

para os teus braços.
E não me deixes voltar à tristeza.
Nunca mais.
*
Ni

ÀS VEZES...


Às vezes, arredonda-se a lua nos meus olhos, em brancos-memória-espuma e canto, eu abro lentamente as pálpebras, sinto as brumas no arrepio que não é de frio, reencontro-me no espaço que me guarda o tempo, acompanho o voo das rimas nos poemas que um dia libertei, traço esquinas líquidas para os sonhos, na esperança de os encontrar ao cruzar os meus olhos com as palavras ainda não ditas e sorrio. As vozes, à volta, cantam um  ansiado Verão improvisado, não sentido e sem sentido. O cansaço, ninguém mo adivinha nem na boca, nem na garganta. Nem nos olhos. Nem nas mãos. As noites sim. Assim.

Ni