Ni*
sexta-feira, outubro 31, 2008
SÓ NÃO SABES...
Ni*
domingo, outubro 26, 2008
PENSO NO ETERNO QUE PODÍAMOS SER...
Por um fio. Enlaçam-me os dias que festejo por te ouvir, te saber. Por um fio. Ao tempo, com um gesto de mão-asa suspenso, peço-lhe que pare. Preciso que pare um momento para saborear, um a um, avidamente, os frutos que amadureceram na tua ausência. Sabor doce e líquido, para apagar as mágoas das horas vazias. Seria fácil pedir-te 'Vem comigo... '. É fácil adivinhar que nunca virias. As vontades extinguem-se em mim, mas não as emoções, porque de emoções sou feita. Diferente de ti, eu sei. Ainda sinto o frio das pedras com que calcetaste o teu peito. Em mim, o sonho conspira com as memórias. E penso no eterno que podíamos ser...
segunda-feira, outubro 20, 2008
HOJE APETECE-ME APENAS...
... parar tudo a que chamam inadiável e adiar.
Ouvir Diana Krall e deixar-me tentar... pela suavidade hipnótica deste som-tentação-à-tentação...
Sim, hoje... a sensualidade da blusa preta justa... do colar exótico onde o meu cabelo negro e despudoradamente comprido se enrola... murmura-me num convite quase lunar, quase uivado, que deixe todos os papéis e obrigações e me permita, simplesmente, dançar descalça...
...
domingo, outubro 19, 2008
AS PONTES DE MADISON COUNTY
"Do whatever is necessary to find happiness in your life, because it happens just once in a lifetime - if you're lucky!"
in "As Pontes de Madison County".
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Ninguém fica indiferente a este filme. Fez parte da minha noite deste Sábado indeciso entre chuva forte, granizo, trovoada, sol, céu azul...
Impossível não sentir, aplicada à nossa vida, a pergunta 'E se...?'.
A frase transcrita em cima, é da personagem Francesca... um legado de amor aos filhos...
Que filme!
...
... ficaram durante bastante tempo abraçados. E ele murmurou-lhe:
«Só tenho uma coisa a dizer, apenas uma; nunca voltarei a dizê-la a ninguém, e peço-te que te lembres dela: num universo de ambiguidades, este tipo de certezas só existe uma vez, e nunca mais, não importa quantas vidas se vivam.»
Que livro!
sábado, outubro 18, 2008
RECADO... (para mim)
sábado, outubro 11, 2008
AS ESCADAS QUE SÓ SE DESCEM...
Parei o momento e reconheci cada detalhe, de cada instante, daquelas escadas.
As escadas que só se descem.
Quando nos permitimos sentir frio, cansaço e vontade de nos enrolarmos, inertes.
«- Cada instante é diferente» dizes-me, com a certeza própria de quem acredita em certezas e nunca viu um encontro de silêncios e de solidões.
Cada silêncio é diferente.
Cada solidão é diferente.
Cada instante é o eco do instante primeiro.
Espelho do espelho do espelho do espelho... até o pararmos com o olhar.
Nunca entenderás que há escadas que só se descem.
...
Ni* (Escrito há algum tempo... )
quinta-feira, outubro 09, 2008
NUMA NOITE...
Escrevo-te para te murmurar aquele 'amo-te' que me desenhaste há anos atrás. Murmuro-to hoje porque ainda te amo, embora te negue muitas vezes três vezes, e porque é esse ter-te no negar-te que me mantém viva. Sei que os meus cabelos negros te correm nas veias e o meu nome, que os meus dedos escreveram nos teus poros, morde-te a memória. Sei. Não há nada de ti que não saiba de olhos fechados, como caminho único. Mas o que conheci então é o meu passado. E hoje, frente às minhas mãos onde as linhas que te escrevo se cruzam com as tuas, o futuro chama-se espelho do espelho do espelho do que sempre fomos. Sonho-te todas as madrugadas, de olhos abertos, para de ti receber mais um dia em cada dia. Ou será mais uma vida, em cada vida? E assim, dormente, enroscada na interrogação, sou.
Volta.
Ni*
(Inevitável... escrever... face a um texto que li aqui e aqui... após uma noite de trabalho... de exaustão. E agora... vou dormir com a madrugada...)
domingo, outubro 05, 2008
DIVIDIDA
Ando sobrecarregada de trabalho!
Apesar da minha energia transbordante... estou numa daquelas situações em que é TANTO o que há para fazer... é TUDO para ontem... que não consigo estabelecer prioridades.
Ainda assim... e porque sou feliz em aula, e fora dela, com os meus alunos... criei um blog conjunto com eles...
*
LUZ
quarta-feira, outubro 01, 2008
SE TU ME AMASSES...
Não, não quero regressar. Só a ti.
Ni*
_____________.0o0._____________
Texto-resposta a um post do Manel Coutinho Ribeiro, no Anónimo... que reproduzo em baixo.
Não sei se tu...
Se tu me amasses, eu construiria com as minhas mãos uma cabana com árvores e neve à volta, uma lareira, o calor dos abraços, a nudez, os dedos que correm devagar nessa nudez, os beijos, a língua que te desenha os contornos dos lábios, o tempo que corre devagar, o querer estar ali, o entrar em ti até ao fim, estar lá, estar lá, ficar ali, que o tempo corre devagar, nenhum de nós tem pressa, começar tudo de novo, a fuga, a viagem, as coisas que levamos, frugais, os casacos grossos, a neve, os corpos suados, o vento que se agita e a neve que bate contra as janelas, o fogo aceso, os teus dedos que sugo, um a um, o cansaço, o abraço, o abraço. Esquecidos. O tempo parou ali, naquela cabana com neve à volta. E eu não quero regressar, não sei se tu.
SE TU ME AMASSES...
Não, não quero regressar. Só a ti.
Ni*
_____________.0o0._____________
Texto-resposta a um post do Manel Coutinho Ribeiro, no Anónimo... que reproduzo em baixo.
Não sei se tu...
Se tu me amasses, eu construiria com as minhas mãos uma cabana com árvores e neve à volta, uma lareira, o calor dos abraços, a nudez, os dedos que correm devagar nessa nudez, os beijos, a língua que te desenha os contornos dos lábios, o tempo que corre devagar, o querer estar ali, o entrar em ti até ao fim, estar lá, estar lá, ficar ali, que o tempo corre devagar, nenhum de nós tem pressa, começar tudo de novo, a fuga, a viagem, as coisas que levamos, frugais, os casacos grossos, a neve, os corpos suados, o vento que se agita e a neve que bate contra as janelas, o fogo aceso, os teus dedos que sugo, um a um, o cansaço, o abraço, o abraço. Esquecidos. O tempo parou ali, naquela cabana com neve à volta. E eu não quero regressar, não sei se tu.